Earthlings - Terráqueos
Ideias

Círculo do DVD – Earthlings (Terráqueos)

Recebi, na semana que passou, os 3 DVDs do filme Earthlings (Terráqueos), que havia encomendado. Ei, espera lá: 3 DVDs? Explico: acredito que o assunto do filme – a exploração dos animais para uso como mascotes, alimentação, pesquisa médica e cosmética, vestuário e entretenimento precisa ser compreendida pelo maior número de pessoas possíveis. Com certeza, não será distribuindo 3 DVDs que conseguirei fazer isso, mas é um começo.

 

Earthlings - Terráqueos

 

Não espero, com esta atitude, fazer com que as pessoas parem de ter seus animais de estimação – apenas observem a origem dos mesmos e percebam se o mesmo está vindo de um sistema que explora a natureza ou desrespeita a vida animal. Da mesma forma, não consigo (ainda) visualizar um mundo completamente vegano, mas consigo tentar perceber um mundo mais solidário com a vida de outros terráqueos, outros animais, em que o caminho que a carne leva para chegar ao consumidor é levado em conta.

A brutalidade – melhor seria dizer crueza – das cenas apresentadas deixa claro para qualquer pessoa que assisti-lo do que nós, humanos, somos capazes. A percepção de que o que fazemos com os animais se reproduz em nossas vidas nos outros campos – familiar, social, profissional – dá relevância ainda maior ao filme-documentário narrado por Joaquin Phoenix.

Câmeras escondidas mostram em detalhes o que acontece “nos fundos” de pet stores, criadouros de animais, comércio de peles e couro, indústrias do esporte e entretenimento, fazendas pecuaristas e abatedouros. Todas as práticas que acontecem diariamente nestes estabelecimentos são esmiuçadas e mostradas à luz do sol para quem se interessa em entender a relação entre o Homem, a Natureza, os Animais e os interesses econômicos.

Dos 3 filmes, dois deles estarão circulando entre pessoas que tem interesse em assisti-lo e divulgá-lo em sua localidade. Se você faz parte e quer receber o filme em sua casa, gratuitamente, comunique acerca do seu desejo na Comunidade da Coolmeia no Ning, informando e-mail para contato. Estarei pegando então seus dados de endereço para envio do DVD. Sua única responsabilidade será não deixar a corrente terminar e encaminhar, às suas custas, o DVD para uma outra pessoa após assisti-lo.

Se você tem um blog ou é jornalista, divulgue esta iniciativa.

Que tal conteúdo assim no seu e-mail todos os Domingos? Todas as semanas, envio um boletim criado exclusivamente para Aprendizes de Alquimia, assim como você, com conteúdo exclusivo sobre Desenvolvimento Humano, Crescimento Pessoal, Saúde, Aptidão Física, Meditação, Ayurveda, Psicologia Positiva, Ciência da Felicidade e do Hábito ou algum assunto que eu esteja estudando e passe pelo meu radar.


Quintessencial

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29 Comentários

  • CHARLES GUEDES

    Caríssimo amigo, gostaria de adquirir o DVD. Sou educador e vegano há mais de 20 anos. Gostaria de saber como adquiro o DVD. Tentei seguir para a Comunidade Colmeia do Ning, mas o link estava quebrado.
    Obrigado. Forte Abraço

    Professor Charles Guedes

  • Fran

    interesse em dvd
    Olá,
    Onde vc comprou seu dvd terraqueos?

    Quero comprar mas não encontro onde vende ?

    Obrigada

  • Claudio

    DVD Earthlings
    Olá, gostaria de saber onde você comprou o DVD, o custo e se tem legendas em português. O assunto é polêmico, interessante. Creio que o importante é que à medida que vamos aumentado o nosso conhecimento possamos refletir e decidir qual a direção a ser tomada. Também considero útil divulgar o conhecimento, sem querer forçar ninguém a tomar nenhuma direção. Senão estaremos sendo autoritários. A melhor mudança é pela consciência.

    Obrigado.

  • Thaiara

    Informãçõs
    Vejo que meu post ficou pela metade. Vou recomeçar!

    Discussão bastante acalorada, porém diante de alguns argumentos sem fundamento não posso me eximir de deixar aqui algumas informações bastante úteis.

    Em primeiro lugar, o cachorro, foi trazido para o meio humano a mais de 100.000 anos, através da domesticação do lobo cinzento asiático. Ao longo dos séculos o homem foi fazendo uma seleção artificial de raças, motivo pelo qual, muitos destes cães não sabem

  • Luiz Eduardo

    Não vejo nenhum problema em possuir um cão, desde que este seja bem tratado. Deixar portões abertos é pedir pro bichinho se perder,ou ser atropelado,entre outros riscos reais. Há três dias um rottweiler pulou na estrada, no exato momento em que minha esposa passava: o bicho ficou estaqueado, olhando para o carro; acabou morrendo, e por sorte nada aconteceu a ela.
    O temperamento dos cães é geralmente afetivo, amoroso; eles são companheiros e se comprazem na presença do dono. Soltos e sem qualquer cuidado, sujeitam-se a riscos. A forma de o homem bem cuidar o cão adapta-se às qualidades deste. A coisa muda de figura com um gato, por exemplo, que pode virar-se perfeitamente bem em passeios livres e solitários, retornando a seu lar e a seu dono depois. Se estamos considerando o ponto de vista vegetariano, arrisco-me aqui a dar um palpite furado, mas se eu fosse vegetariano, não teria dúvida em afirmar: há uma diferença abissal entre assassinar um boi e cuidar de um cão! há um abismo moral imensurável separando o assassinato de gado e a posse de um cão. O abismo aumenta ainda mais se a opção for por adotar um cão abandonado, que teria sorte muito pior na rua. Essa suposta incoerência entre ser vegetariano e possuir um cão para mim é inválida. A acusação de “incompatibilidade entre o discurso e posse de um par de cães” é improcedente, injusta e ilógica.

  • Thaiara

    Informações
    Discussão bastante acalorada, porém diante de alguns argumentos sem fundamento não posso me eximir de deixar aqui algumas informações bastante úteis.

    Em primeiro lugar, o cachorro, foi trazido para o meio humano há mais de 100.000 anos, através da domesticação do lobo cinzento asiático. Ao longo dos séculos o homem foi fazendo uma seleção artificial de raças, motivo pelo qual, muitos destes cães não sabem

  • Rafael Reinehr

    Max Stirner, o consumo e os efeitos de rede
    Erny, respondi no comentário acima, mas você não entendeu, a resposta não lhe satisfez ou você não leu. Nos dois primeiros casos, não posso lhe ajudar, agora se você não leu, vai aí novamente:

    [quote]Assim, enquanto tentas impor uma relação hierárquica derivada dos antigos (porém atuais) padrões patriarcais entre mim e os cães, tento lhe dizer que nossa relação encontra-se em "rede", dentro de nossas possibilidades de conversação. E então, peço desculpas pela arrogância de negar mais uma vez esta noção de posse.[/quote]

    Explicando: não considero que tenho posse dos cães, tanto quanto não tenho da minha esposa. A liberdade para sair não é constante, já que em nossa região costuma haver roubo de cães. Mas semre que estamos juntos podemos deixar o portão aberto – já em Agudo era diferente – eles podem ficar sempre livres.

    Só que, novamente me remeto ao teu desconhecimento de causa – arbitrando por generalizações: talvez por indução ou pela criação que tiveram, estes animais adoram ficar dentro de casa tanto quanto gostam de ficar fora (ou mais ainda). E enquanto você não pode avaliar a felicidade dos meus cães, apenas se referindo a conceitos genéricos que podem ser derrubados pelo empirismo ou pelo Dr. Doolittle, te digo que não tenho conflito nenhum de espírito em conviver com os bichinhos e, acredito, eles também não o tem para conosco. Dr. Doolittle, por favor nos ajude!

    No comentário acima, você finalmente começou a dar pistas sobre o que lhe incomodou tanto na sua postagem. Fico feliz que tenha conseguido se abrir. Teu lado Stirneriano ficou bem claro quando assumes que "Eu busco felicidade e este tende a ser incoerente para os demais". Fundem-se as guildas ou uniões de egoístas e estaremos bem! Ei, e por favor não veja isso como uma crítica – lembre-se que Stirner foi um proeminente pensador anarquista que causou furor em sua época. Influenciou muitas pessoas, apesar de que sua radicalidade sempre me assustava um pouco. Prefiro uma mistura "incoerente" entre esta "liberdade absoluta" (???altamente questionável tanto do ponto de vista filosófico quanto prático???) e o caminho do meio dos taoístas.

    Sobre me ajudar na reflexão, fico extremamente grato! E falo isso de todo coração, já que aceleraste um processo que talvez ainda levasse alguns meses (o da busca de alimentos vegetarianos saudáveis para os bichinhos. Espero que eles gostem. Quanto à saúde deles, vou tentar utilizar meu conhecimento para garantir que seja tão boa quanto a nossa ou quanto pode ser a de um cão normal, não precisa chamar a Sociedade Protetora dos Animais!)

    Ainda, sobre a reflexão, só continuo este troca-troca que começou sendo de farpas e agora está sendo realmente enriquecedor para mim justamente por isso: consigo, de cocô produzir biocarvão que será utilizado para fertilizar a terra e sequestrar carbono da atmosfera, ou então, do limão faço a limonada.

    E, sobre os DVDs, você deve ter imaginado que eu não tinha pensado nisso quando os comprei né? NO impacto que seu transporte causaria? Errado. Pensei. Pensei e na mesma hora me veio à mente um programa da TV Cultura que falava sobre ecologia e lá pelas tantas uma menina perguntou para o Jairo Bouer como eles estavam compensando a emissão de carbono e conumo energético de todas câmeras, transmissões, etc. Ao que o Jairo, depois de 2 segundos sem resposta saiu-se com "Estamos fazendo este programa justamente para orientar as pessoas sobre como reduzir sua pegada".

    Se analisarmos tudo do ponto de vista fragmentado – como muitos propõem – ficaremos encarcerados e não podemos nem mais nem ir trabalhar de carro ou fazer compras utilizando produtos industrializados envoltos em plástico ou alumínio.

    Vamos avaliar o efeito de rede das nossas atitudes. Para cada pessoa que, assistindo o vídeo, reduzir seu consumo de carne, quanto estaremos melhorando da nossa natureza? Eu não tenho este número – mas certamente uma pesquisa detalhada poderia nos responder. Eu basicamente assumi que era válido fazer este negócio: divulgar uma forma de alimentação que cause menos impacto à natureza e que seja mais respeitosa aos animais.

    Preciso ir, o almoço ficou pronto.

    E seja feliz. Ao seu modo.

  • Mahai

    E a posse? A posse de outro ser vivo, terráqueo. Esta é a questão.
    Que ainda nao foi respondida e é o cerne de tudo. Para que pretende defender terráqueos, estimulando consumo (3 DVDs que devem ser enviados/transportados daqui para lá, gerando emissão) o não fazer, consumir é muito mais do que estimular o consumo, de matérias primas, de combusutível (transporte para trazer bens de consumo e reditribuir).

    Quem disse que eu busco coerencia na vida? Eu busco felicidade e este tende a ser incoerente para os demais.
    Eu nunca pretendi ser, nao faço propaganda de consumo quando defendo o nao consumismo.

    Nunca te pedi coerencia, pedi a reflexão, tu achas certo ser dono de um ser terráqueo? Eu acho que pelos teus textos tu não deveria achar isto certo, mas isto pelo jeito tu nunca assumirá.

    A pergunta segue: é certo ser dono de outro ser terráqueo? Teus cães vivem numa casa com portas e portões abertos? Eles tem liberdade para sair?

  • Mahai

    O bife serve para alimento, o cao para prazer pessoal e maior consumo, pois agrega outro consumidor na residencia.
    No caso de uma fam`lia de vegetarianos agrega um consumo de carne ou ração. Um pouco contraditório.
    Nao estou julgando consumo de carne ou criação de animais, até porque exercito ambos. O que eu questiono é a coerência entre o discurso do blog e a vida pessoal.

    • Rafael Reinehr

      Já ouviu falar em crítica vazia?
      Na sua lógica, na verdade, na sua crença, vejamos:

      1. Animais de estimação na casa de vegetarianos não podem alimentar-se de carne ou ração com derivados de carne
      2. Vegetarianismo é incompatível com o cuidado de animais de estimação, pois implica em posse
      3. Cães, devem, obrigatoriamente, alimentar-se de carne, pois é da sua natureza

      Vamos ver o que diz a minha crença:
      1. Cães de estimação que residem com uma família vegetariana deveriam alimentar-se de alimentos livres de carne
      2. Vegetarianismo não implica em impossibilidade de manter convivência doméstica com animais, desde que a mesma se mantenha sob os princípios de zelo, carinho, proteção e respeito
      3. Cães podem, cientificamente, viver somente com alimentação vegetariana, pois são onívoros (e não carnívoros, comem de tudo), desde que se resguarde suas necessidades nutricionais

      Então, não vejo incoerência no caminho que estamos seguindo. Infelizmente, sua veia cientista e fragmentada só consegue fazer análise de pontos, e quando tenta recostruir estes pontos em um painel maior, as conexões entre os pontos obnubilam sua visão. O que quero dizer é: se ainda alimentamos nossos animais com ração animal, não é porque não pensamos neste problema e não temos interesse em mudar, da mesma forma, se ainda utilizo leite de vacas cuja origem não consegui determinar, ou se o queijo que como ainda é coagulado com derivado de uma animal morto, ou se ainda calço sapatos de couro, etc. é porque nem todas estas questões são fáceis de resolver de imediato. Além do que, você mesmo, comedor de carne e criador de animais, exige uma coerência perfeita que beira à radicalidade, quando para mim poderia ser simples e fácil de responder: estou fazendo o que posso, e você?

      Uma coisa mais: na busca dessa sua coerência perfeita, existente talvez nas leis que regem nossa Natureza, mas inapreensíveis pelo humano, exceto talvez em algumas experiências místicas de religação, tente não enlouquecer. Não vais encontrá-la em meu blog, na sua vida tampouco na vida de pessoas quem sabe mais coerentes como Jesus Cristo ou Ghandi. Mas deixo isso para os mais estudados no assunto.

      E novamente lhe deixo com uma reflexão: o que esta busca de coerência na minha vida quer dizer para você, para sua relação com seu filho, esposa, família, trabalho? Em resumo: o que está lhe incomodando na SUA vida? Não precisa responder, apenas reflita.

  • Mahai

    Eu nao sei o que é melhor para ti ou teus caes. A responsabilidade deles é tua.
    Só quero saber o que tu achas sobre a posse de outro ser vivo?
    Só isto.

    • Rafael Reinehr

      Eximir-se da responsabilidade
      Agora, quando te peço ajuda para resolver um problema (e só vou chamá-lo de problema pois foi você quem o criou, já que para mim ele não é um problema) você se exime de responsabilidade? Que bonito, hein seu Erny?

      Deixe-me cá com a minha vida e se vire você com tuas questões, é assim que me respondes? Depois de tanto “provocar”, esta é a melhor resposta que tens para me dar?

      É justamente por este tipo de posicionamento que humanos estão ficando sem alimentos, sem água, sem terras adequadas para cultivo – monoculturas, desertificação, dispensação do lixo, poluição… São todos problemas “dos outros”, enquanto não me afetarem, deixe estar. Afinal, na minha redoma de vidro purificada atrás das grades do castelo nada me atinge…

      Eu sei que não te encaixas neste tipo de dormitante, pelo que deixas transparecer nas conversas que tivemos e também nas postagens do teu blog, só gostaria de ver toda esta energia dispensada aqui, nestes seis comentários, em ações positivas para com os outros. Se já estiver fazendo, traga-as à baila, pois (também) é a partir do exemplo, das pegadas que outros deixam, que vamos construindo nosso caminho.

      A resposta para sua pergunta está no comentário anterior.

  • Rafael Reinehr

    Posse
    Hehehe! Ainda bem que entendeu o fim do meu último comentário como uma brincadeira e não como uma agressão! Depois que escrevi fiquei realmente preocupado com o sentido que poderia causar a frase (pois é óbvio que todos produzimos gases e colaboramos com o aquecimento global, uns mais outros menos – viajando de avião, comutando entre cidades em função do nosso trabalho, com esposas estudando ou trabalhando em outros continentes e, é claro, ans escolhas alimentares e de consumo que temos). Mas, como disse nosso amigo epistemologista Edgar Morin, [quote]”Saber ver necessita saber pensar o que se vê. Saber ver implica, portanto, saber pensar, como saber pensar implica saber ver. Saber pensar não é algo que se obtenha por técnica, receita ou método… Necessitamos de nos pensar pensando, de nos conhecer conhecendo… Em nossa vida, nossa sociedade deve tratar de fazer não o melhor dos mundos, mas um mundo melhor”[/quote]

    Assim, percebe-se que temos modos diferentes de ver e pensar o mundo. Não compartilhamos do mesmo sentido para a palavra posse. Eu não possuo meus animais, tanto quanto não possuo minha esposa, justamente por serem eles seres vivos que amo. Convivo com eles, lhes dou afeto, alimento e proteção, lhe digo novamente. A percepção deles como um objeto poderia caracterizar a posse dos mesmos, como acontece quando humanos realmente utilizam-se dos animais para seu consumo, ou então quando utilizam-se de outros humanos utilizando-se de seu poder, força ou posição hierárquica, oprimindo e subjugando-os.

    E enquanto alguns continuam em sua zona de conforto, aceitando as posições hierárquicas conquistadas, outros buscam reduzi-las gradativamente, à medida em que caminham e encontram formas de gerar uma situação sustentável. E é bom ver que isso acontece cada vez mais, envolvendo pequenos grupos, mas de forma perceptível.

    Assim, enquanto tentas impor uma relação hierárquica derivada dos antigos (porém atuais) padrões patriarcais entre mim e os cães, tento lhe dizer que nossa relação encontra-se em “rede”, dentro de nossas possibilidades de conversação. E então, peço desculpas pela arrogância de negar mais uma vez esta noção de posse.

    Gostaria que me falasse, depois de todas explicações que dei – e levando em conta o fato de que tenho os cães há um ano, sou vegetariano há 3 meses (completam-se amanhã, dia 12 de abril) e vi o filme Eartlhings há alguns dias – qual seria a solução para os cães que moram comigo nestes últimos 12 meses? O que você define como sendo a melhor escolha para a vida deles, como terráqueos?

  • Luiz Eduardo

    ahahahahahaahah
    [i]”Comprar um cão é o mesmo que comprar um bife.”[/i]

    desculpem, mas não resisti. na mesma hora pensei em botar um bife na coleira, sair para um passeio, assistir o bife salivando e latindo enquanto lhe sirvo um saboroso… bife!! hahah e se fosse um bife de guarda eu poria no portão da casa um cartaz com um enorme bife e os dizeres “Cuidado! Bife antissocial!” 😆 😆 😆 😆 :silly: 😮 :woohoo: 😛 🙂 :side: :cheer: ❗

  • Mahai

    Rafael

    Como já te disse nao sou contra ter um cachorro, sou contra ter um ser vivo (terráqueo) e apregoar idéias de proteção a eles, como este DVD que tu quer distribuir.

    Realmente não acho certo tratar um cão como humano, pois se alguem castra um cão “humanizado” logo achará certo castrar humanos.

    Quanto a peidar é inevitável, é terráqueo, é humano, faz parte de NOSSA fisiologia.

    Todo DONO, PROPRIETÁRIO de um cão/gato sempre terá a certeza de trata-lo do melhor jeito, seja confinado num apto quarto e sala ou numa casa enorme com centenas de m2 de pátio.

    Como já te disse, nestes dois ultimos dias fiquei veterinário de uma cadelinha vira-lata. Tratei-a com carinho e atenção, gosto de bicho, sou cachorreiro. Na casa de meus pais cães e gatos dormiam juntos, não se sabia onde terminava um e começava outro. Todos sempre comendo carne e restos de comidas, nunca comendo rações.
    Quanto a frutas nossos cães sempre foram “viciados” em goiabas que caiam dos pés.

    Acho que não estou sendo arrogante, mas extremamente provocante. Muitas das idéias que divulgo não as pratico sempre, mas acho que tu negar que criar um par de cães não vai em contra a idéia de posse, de propriedade de um terráqueo, aí sim pode roçar a arrogância.
    A pergunta que faço: tu acha certo ser dono de outro ser vivo animal?

  • Mahai

    A mudança de atitude de largar a carne após uma série sobre churrasco foi simples> basta deletar a série de postagens e assumir o vegetarianismo.
    Já manter os animais em casa, em contadição a criação explanada nos livros, fica complicada. Divulgar uma atitude mantendo animais em casa é contraditório. Não acho correto tratar animais como humanos.
    Pergunto: que tipo de comida tu dá aos teus cães? Industrializada? Ou carne de açougues? Ou eles são vegetarianos?
    Manter teus cães é consumir carne, tu és um carnivoro indireto. Já pensaste nisto?
    Imagine todos humanos deixando de comprar cães e gatos, olhe a quantidade de carne a ser processada que diminuiríamos. O impacto da criação de felinos e canpídeos é enorme ao meio ambiente.

    Caso tu diga que teus cães comem derivados de vegetais, lembre que eles são carnívoros por natureza. Mudar isto é desrespeita-los como terráqueos.

    • Rafael Reinehr

      Apagar a história
      Apagar a série de postagens sobre o churrasco, como você sugere, seria também apagar a minha história. Não tenho vergonha de seguir caminhando. Também não tenho o objetivo de fazer o mundo todo pensar da mesma forma que eu. Desta feita, não confunda minha escolha pessoal com ativismo vegano intensivo. Não é esta minha prioridade e você, que me conhece há tempo, sabe que não teria energia suficiente para debater intensamente um foco apenas quando minhas preocupações são mais amplas do que estritas.

      Se você não acha correto tratar animais como humanos, o problema deixa de ser meu e passa a ser seu, já que este pe o teu ponto-de-vista, do qual não compartilho.

      Em relação à comida dos animais, sim, eles comem comida industrializada – composta em parte de carne. E, sim, já pensamos nisso e para isto não encontramos ainda solução. Na Austrália, existem produtos alimentares orgânicos para animais , pelo que me informou uma amiga que lá mora, mas ela mesma não soube me dizer o que isso significaria, apesar de imaginar.

      Ainda: nossos cães ficam exasperados quando lhes oferecemos bananas, maçãs e outras frutas e legumes. Simplesmente adoram. Podemos deixá-los comer somente isso? É temerário, ainda não estudei o assunto. Tampouco discuti o mesmo em fóruns veganos ou vegetarianos e nossa veterinária não se arrisca a indicar.

      Agora, o que sei que não vou aceitar é esta tua posição arrogante e de árbitro da situação, indicando o que é melhor para o Sancho ou a Bhali sem ao menos ter convivido um dia ao menos com eles. A generalização da sua pretensa certeza é temerária.

      E ainda vos digo, quando tivermos filhos, não sei se conseguirei mantê-los durante a infância sem ingesta de carne. Ainda mais: quando tiverem capacidade de decidir por si mesmos, não deixarão de ser menos meus filhos por escolherem o onivorismo. Tal escolha só pode ser feita em foro íntimo, a partir de uma determinada linha de pensamento que se acata como sendo a mais verdadeira para si mesmo. Se amanhã minha esposa decidir voltar a comer carne, isso tornará as coisas mais difíceis aqui em casa, mas mesmo assim não deixarei de amá-la em nenhum momento. Compreendela-ei, assim como faço com todos que fazem escolhas diferentes das minhas.

      E uma última coisa, Erny: por favor pare de peidar, já que está colaborando para o aquecimento global, ok? (com isso quero dizer, faça sua parte (ou continue fazendo). Não precisas ser perfeito – aponte-me alguém que seja, gostaria de conhecer – mas caminhe na direção do aprimoramento. É o que de melhor podemos fazer.

  • Mahai

    Rafael

    Eu não tenho nada contra em ter um animal de estimação ou comer carne.
    O que eu estou questionando é a incompatibildaide em teu discurso e tua atitude de posse de um par de cães.
    Castrar um animal é das atitudes mais agressivas que consigo imaginar contra um animal. É tirar sua capacidade de reprodução, tirar sua possibilidade de seguir pelo seu DNA.
    Atualmente não tenho nenhum cão por morar num apto., mas nestes dias tenho cuidado muito de uma cadelinha que foi atacada pelo pastora alemã de minha mãe. A cada hora pingo água boricada no olho dela e desinfeto suas feridas.
    Acho que recebemos muito mais carinho que doamos dos bichos. O que eu não entendo é teu discurso crítico e tua atitude de posse, justificada pela atenção.
    A grosso modo comprar cães de raças “puras” (que foram desenvolvidas para atender certas demandas) é incentivar a produção.
    Uns criam animais para abate e outros para comérico de companhia, ambas criações com o mesmo impacto.
    Já que tiveste a liberdade de me dizer ter sido infeliz com um comentário, faço minha a tua expressão. Divulgar um DVD que critica as criações e ser criador de um par de cães é muito infeliz.
    Muito parecido com tua série de post sobre churrascos na véspera de assumir o vegetarianismo, só que agora não tem como largar os cães, seria uma desumanidade, pois os cães tem sido tratados como humanos, mas eles seguem canídeos e o natural deles seria a liberdade, mesmo que em ruas, pois nós ocupamos seus espaço e incentivamos sua reprodução (comprando).
    Por estas e outras que adoro a série de filmes do Planeta dos Macacos.

    • Rafael Reinehr

      Contradições
      Erny, na questão da série sobre churrasco e o vegetarianismo subsequente, não vejo nenhuma contradição. Do seu ponto de vista, o ser humano está fadado a uma contínua e invariável anomia, devendo permanecer para sempre preso à sua biologia e ao ambiente em que foi criado. Pelo seu discurso, parece não ser possível ao bicho homem mudar sua concepção das coisas e do mundo, que foi o que de fato ocorreu. Em julho de 2008, quando comecei a série, o foco de minha vida era outro. Ainda estava levando uma vida muito pautada pelo automatismo e rotina da vida profissional, apesar de ter imaginado o vegetarianismo como um ideal há mais de 4 anos. A decisão – que de fato envolve um desprendimento e desapego que poucas pessoas conseguem apresentar (e perdão se pareço estar massageando meu ego, mas, distante disso, estou fazendo uma observação factual, baseada em análises diárias nas mudanças de hábito de vida que oriento em meu consultório e poucas pessoas conseguem de fato seguir) – surgiu em um belo dia de janeiro deste ano e foi como um lampejo, uma necessidade súbita que parecia não poder esperar mais.

      Outras pessoas reduzem seu impacto de outras formas: deixando seu automóvel em casa, plantando árvores, ajudando pessoas necessitadas… O fato é que esta simples decisão, a de nos tornarmos vegetarianos, vem mudando nossa vida significativamente desde então, como talvez tenha acompanhado.

      Seria muito fácil para mim dizer: mas hey, nós já tínhamos os cães antes de decidirmos “libertar os animais da opressão do bicho-homem”. Sim, seria. E por isso não o faço. Também poderia utilizar técnicas Schoppenhauerianas para contra-atacar e perguntar como você vem lidando com a situação, atacando as verdadeiras incongruências ao invés de tentar usar falácias como “Uns criam animais para abate e outros para comérico de companhia, ambas criações com o mesmo impacto”. Desculpe meu amigo, mas lhe peço para pensar um pouco antes de fazer um comentário tão irresponsável. No seu julgamento, afirmas que a pena de morte é igual à prisão domiciliar, com carinho, alimento e proteção. E, ainda, se o animal fosse cuidado com desprezo – o que não é – e residisse em uma prisão de fato, estaria comparando um par de cães às centenas de animais que cada ser humano onívoro mata a cada ano para alimentar seu prazer.

      Ah, e a propósito, antes que venha me questionar sobre a origem dos ovos que como e do leite que bebo, se as galinhas são criadas soltas, bem como as vaquinhas, e se o queijo é feito com coalho de limão ou intestino de gado (ou se ainda uso sapatos de couro, etc), trate de tentar entender o porque de tamanha reatividade contra alguém que está, na pior das hipóteses, buscando ser alguém melhor a cada dia.

      Por estas e outras que adoro a série de filmes do Planeta dos Macacos. 😛

    • Rafael Reinehr

      Só complementando
      Sim, o DVD critica as criações de animais, mas especifica que trata-se das “fazendas de criação”, locais industrializandos em que os animais são criados em péssimas condições. Além disso, e isso ficou bem claro, ele não critica o ato de adotar um animal de estimação, mas sim o fato de que muitos dos donos acabam se cansando do animal e abandonando-o.

      A pergunta que o filme faz, nesta parte é: você realmente tem certeza de que tem capacidade de amar o animal em todas as situações que lhe ocorrerem e pelo tempo que for necessário a ele e não somente enquanto ele atender aos seus desejos?

  • Mahai

    Eles são prisioneiros, deixe o portão aberto. Canídeos foram criados para viver em matilhas, terem liberdade, caçar, se reproduzir sem controle humano.
    Criar um cão por prazer próprio é o mesmo que criar um bicho para ingestão. Ambos por consumo, uns de proteìna outros de atenção.
    Comprar um cão é o mesmo que comprar um bife. E ter a posse de um ser terráqueo, ser dono, ter pago pela vida de outro…

    • Rafael Reinehr

      Canídeos e humanos
      Erny, não compartilho desta sua visão. Concordo contigo que os cães – assim como os animais dos zoológicos – são originalmente animais selvagens e lá, no bando, “into the wild” talvez se sentissem no seu ambiente ideal.

      Você está sendo muito infeliz e simplista com sua tentativa de explicar o fenômeno de adotar um cão.

      Em primeiro lugar, a escolha de ter um cão, em nosso caso, tornou-se tão importante quanto ter um filho, já que sabíamos que o mesmo nos traria uma série de inconvenientes – desde as noites com pouco sono no começo da jornada, a necessidade de alimentar várias vezes ao dia mesmo enquanto estávamos trabalhando, as dificuldades quando fôssemos viajar, limpeza de cocô, banhos, etc.

      Quando digo que foste infeliz é porque, creio, conseguiste ver a relação homem-canídeo apenas como uma relação de via única e não como uma troca que envolve afeto, respeito e cuidados mútuos.

      Quando vejo as dificuldades que nossos cães de rua enfrentam, valorizo atitdes como da nossa associação Bom Pra Bicho, que retira estes cães da rua, castra, desvermina e cuida de suas feridas e machucados para então encontrar um dono que lhe adote.

      Alguém poderia dizer que a castração forçada seja uma crueldade com o animal, e eu mesmo ainda não consigo me desligar desta ideia – mas fico imaginando que mundo lhes restaria se superpopulassem as ruas das cidades. Sem predadores naturais – exceto o homem com seus automóveis e a falta de comida, transmitindo entre si zoonoses, logo a administração municipal organizaria um canidicídio para resolver de forma “rápida e limpa” a situação.

      Mas entendo seu ponto-de-vista mas, ao mesmo tempo em que não me permito ter um passarinho na gaiola, consigo perceber a coexistência de canídeos e humanos em um lar (no banheiro, na sala, no quarto, por todo o pátio) como algo saudável, prazeroso e até passível de escolha pelo próprio animal. Me desculpe se vou além da minha capacidade de julgamento nesta inferência, mas é como consigo justificar minha escolha por manter um par de jovens cachorrinhos em nosso convívio.

    • Rafael Reinehr

      Felicidade canina
      Erny, se a felicidade canina é expressa pela euforia dos mesmos a cada vez que o carro aponta na garagem, se é demonstrada pelos pulos, carinha sorridente (sim, os cães sorriem), correrias animadas e rabos abanando cachorros, então sim, os bichinhos são felizes.

      Fazendo um exercício de alteridade, até eu mesmo gostaria de levar a vida que eles levam. Desde que me deixassem acessar a internet…

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