Blogs, Redes Sociais e para onde vai o rio?
Ontem estive navegando por um blog que gosto muito e, depois de ler todos os artigos que estavam na página principal do blogueiro (que também é doutor e professor de Astronomia) percebi que, de fato, existem blogs que vieram para ficar, independente desta onda de “meiomarasmo” que anda rondando a Blogosfera.
Os blogs que menos estão sofrendo com a “crise” são justamente aqueles que sempre estiveram fora do mainstream do Blogverso, aqueles que blogavam menos para o leitor, para um pretenso público, e mais por razões pessoais, íntimas.
Quando a visibilidade ou o gás fornecido pela Bolívia pelos leitores começou a rarear, alguns blogueiros tradicionais, seguindo o discurso que vem de fora passaram a perceber o blog como uma ferramenta obsoleta, ou que possivelmente estivesse sendo gradualmente substituída pelas redes sociais.
Um amigo meu já disse, taxativamente, no Twitter: “Gosto de blogar, mas cansa. Mas twittar tem sido anos-luz mais gratificante. Por que será?!”
É inegável que algumas redes sociais, principalmente algumas nas quais geramos comunidades ou grupos dos quais somos protagonistas, nos trazem benefícios facilmente mesuráveis. As pessoas que por lá estão parecem mais focadas em um dado assunto ou tema, como em um Clube de Leituras, onde o assunto são livros ou, ainda mais especificamente, um livro em especial. As discussões podem ser mais apaixonadas e trazer uma gratificação maior para quem participa.
Não sou um bom crítico deste boom das redes sociais, mas sou um bom observador e leio com frequência o que alguns analistas dizem sobre o fenômeno. Minha humilde conclusão me leva a crer que os próximos anos revelarão uma intensificação ainda maior de redes em que o conteúdo seja feito de muitos para muitos (em detrimento dos blogs, em que o conteúdo é feito de um (ou de poucos) para muitos. Os blogs não vão, de jeito nenhum, acabar. Como minha amiga Elenara, que usa o “blog como 1 meio de guardar coisas que acha interessantes”, muitas pessoas encontrarão utilidade para este espaço em que a expressão da liberdade encontra sua vez.
PS: enquanto blogueiros como o Francis estiverem postando imagens como essa, é bom nem pensar em desaparecimento da Blogosfera!
8 Comentários
Rafael Reinehr
Nem me fala!
Hélio, lembro com muito carinho daquele dia na pizzaria. Não sei se conseguirei ir à poa ainda em 2009, mas quero crer que já no começo de 2010, com a cidade fantasma (todo mundo na praia) consiga passar um fim-de-semana aí. Ixe! Esquece! Vou fazer uma reforma na casa em janeiro e fevereiro! Catzo! Bem, fica pra março, hehehe!
Torço muito para que sua bolsa de doutorado saia. Você merece. Suas ideias e seus ideais merecem.
Não percamos contato! Obrigado pela visita.
Hélio Sassen Paz
Bom momento pra retomar…
Grande Rafael!
Aquele nosso único encontro presencial até agora foi altamente gratificante. Tomara que possamos nos encontrar mais frequentemente em 2010! 😉
Depois de ter defendido a dissertação de mestrado, do término do tratamento contra a hepatite C e da cura, apesar dessas conquistas hiperimportantes, criou-se um abismo entre a minha vontade e a minha qualificação formal e o interesse do mercado acadêmico no sul do país na área da Comunicação. Ainda estou bastante preocupado com isso e agora começa a intensificação da busca para pelo menos poder conseguir uma instituição pra lecionar no 1º semestre de 2010. O projeto para a seleção do doutorado já foi entregue. Agora, é só aguardar pra ver se consigo entrar e – mais do que nunca – se receberei uma bolsa.
Cara, tu és uma pessoa extremamente “do bem”. E não é fácil encontrar essa preocupação e essa iniciativa em alguém. Aos poucos – ainda de uma forma mais lenta do que gostaria – posso voltar a me envolver mais com o projeto da Coolmeia!
Noa falamos!
[]’s,
Hélio
Rafael Reinehr
Artigo truncado
Apesar do comentário ter sido truncado pelo sistema de comentários, acho que peguei a ideia. Realmente os artigos mais densos (e, por vezes extensos), tem muito menos atenção. Mas as pessoas hoje também recebem muito menos atenção do que as coisas, não é mesmo?
Essa coisificação, coisa da mídia, a trabalho dos vendedores de produtos, invadiu governos e responsáveis pelas decisões políticas, comprados por sua vez pelos fazedores de coisas coisificadoras.
Estamos vendo, claramente, a fragmentação deste mundo em duas partes distintas: a das pessoas que valorizam, em primeiro lugar o outro indivíduo humano e aquelas, infelizmente a maioria, que vêem nas coisas o objetivo último de sua existência.
Rafael Reinehr
Amigos por perto…
Helio, recomendações enviadas à esposa. Como sabes, sempre queremos os amigos por perto, e vou ficar torcendo que encontres algo que te realize aqui pelo sul catarinense. Ia ser muito bom te ter por perto.
Sei que teu foco está mais voltado para o ensino universitário, mas de todo modo, o Instituto Federal de SC com frequência solta um concurso, e é bom ficar de olho: http://www.ifsc.edu.br
Outro site, sugerido pela Carol, e você deve conhecer, é o http://www.pciconcursos.com.br/concursos/sul/
Daqui, desejando sorte e definições rápidas para estas pendências.
Rafael Reinehr
Subscribing
Assino embaixo! Cultivando relações genuínas (e profundas) com pessoas que gostam de mergulhar…
Cassio
Aprofundar ou não aprofundar, eis a questão
Pois eu acho blogar mais gratificante.
No twitter, não há como pra aprofundar uma idéia. É conhecimento horizontal, instantâneo, volátil. Muita informação e na maioria de pouco conteúdo.
Percebo que na mídia em geral, TV ou internet, os artigos com mais
Hélio Sassen Paz
Valeu! 🙂
Rafael,
Tô num momento complicado (desemprego sem nenhuma perspectiva, extrema dificuldade de conseguir uma bolsa pra doutorado, essas coisas). Talvez as dúvidas acerca de manter ou não o blog também estejam relacionadas a isso…
Mas há também a dúvida cruel sobre se devo falar sobre tudo um pouco ou me focar em um determinado assunto. Como creio que um blog é um ambiente de conversação, o Twitter não satisfaz a necessidade de eu me aprofundar sobre um determinado assunto mas, por outro lado, supera horrores a quantidade de referências (links, pessoas) e – acima de tudo – substitui enormemente a minha necessidade de receber mais comentários.
Valeu pela citação! Dá um toque quando puderes aparecer em POA. Bom trabalho, recomendações à esposa e aos amigos! 😉
[]’s,
Hélio
Elenara
Concordo
Quando surgiu a TV, diziam que o rádio ia acabar,foi o mesmo com o cinema, com o livro impresso,com os jornais, os blogs e assim por diante. Nessa nossa era de novidades,tudo o que economize tempo,como é o caso do Twitter,parece sempre mais fascinante. Chego a pensar que vai voltar o tempo em vamos nos comunicar por sinais.:-))). E deu.
Blogar, realmente toma mais tempo. Assim como ler. Assim comoler mais que manchetes de jornais. Assim como se aprofundar em lago, seja num projeto ou numa relação. E sempre vai ter espaço para quem quer aprofundar algo. Ou apenas ter um localpara guardar coisas interessantes, como é o meu caso.
Ainda vai ter lugar ter um foco maior em qualidade ao invés de quantidade; Ter um amigo de verdade, que tee scute, é muito melhor que trocentos que te “seguem” por moda…
Abraços