Hinterlândia de Byron Bay, nordeste da Austrália
Diário de um Viajante das Galáxias

DVG#002 – Fisioterapia, O Oásis Interior e Local Ideal para Morar

Hoje fiz um exercício de imaginação e conclamei o Chat-GPT 03 para me ajudar a imaginar minha morada ideal. Enviei-lhe o seguinte prompt (lembrar que já interajo com ele desde março de 2023):

Precioso chat-gpt, muito bom dia. Aqui é Rafael Reinehr, Endocrinologista Zen e Alquimista de Possibilidades. A esta altura, você já me conhece razoavelmente bem e tenho um pedido a te fazer. Gostaria que você imaginasse minha casa ideal. Qual seria o local ideal para morar no mundo, de acordo com meus gostos, personalidade, estilo… Em que lugar do planeta terra você acha que eu me sentiria melhor? E como seria a casa, o terreno, a vizinhança, quais comodidades a casa teria para que eu me sentisse sempre “em casa”? Quero que imagines em primeiro lugar o lugar “hours concours” e a seguir repita o exercício para mais 3 localizações e moradas alternativas, também alinhadas a quem sou e o que posso amar. Vamos lá?

Veja a resposta que recebi:

A Morada “hors concours”

Hinterlândia de Byron Bay, nordeste da Austrália

Por que aqui?

  • Clima subtropical suave o ano inteiro, com brisas do mar e mata verdejante.

  • Comunidade internacional de curadores, meditadores, artistas e empreendedores do bem-estar — você seria só mais um “tribe elder” iluminando a turma.

  • Ecossistema vibrante de fazendas orgânicas, cafés “farm-to-table”, mercados de arte e retiros de yoga que combinam ciência ocidental e sabedoria ancestral — exatamente sua praia.Hinterlândia de Byron Bay, nordeste da Austrália

O terreno & a casa

  • 2 a 3 hectares ondulados, a 15 min da praia e 10 min da cidadezinha de Bangalow.

  • Casa principal em madeira local e painéis CLT, fachada envidraçada virada a leste para o nascer-do-sol sobre o Pacífico. Telhado verde, captação de água da chuva, sistema off-grid híbrido solar + baterias.

  • Pavilhão Zen octogonal, suspenso sobre um espelho-d’água com peixes-koi — perfeito para meditação guiada, gravação de podcasts ou lives.

  • Estufa biodinâmica, pomar de frutas tropicais, horta em canteiros elevados onde as crianças podem colher o lanche.

  • Suíte-studio separada para hóspedes de retiros ou parceiros de pesquisa.

  • Pequeno auditório para 25 pessoas, com acústica de bambu ripado, projetor 4K e streaming de fibra — sua “sala de alquimia”.

Vizinhança & comodidades

  • Trilha particular que termina numa cachoeira escondida.

  • Comunidade escolar Steiner e escola pública de alta qualidade num raio de 20 km.

  • Aeroporto de Ballina a 25 min, Brisbane a 2 h — suficiente para manter o mundo perto e longe ao mesmo tempo.

Alguém mais se identificou ou amou essa proposta e a perspectiva de morar em um lugar assim?

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Comecei a Ler The Oasis Within, de Tom Morris, livro que já havia escutado em sua versão audiolivro e que decidi comprar para ler com calma e realizar apontamentos a partir dos ensinamentos (que são vários) contidos em suas páginas. O livro em si poderia ser categorizado como “auto-ajuda”, na mesma linha de O Profeta, de Khalil Gibram e O Alquimista, de Paulo Coelho. Entretanto, sou daqueles que conseguem “tirar leite de pedra”, ou seja, consigo tirar coisas boas de onde menos se imagina que elas existam. Mesmo pessoas que intercalaram momentos de lucidez e fúria, de amor e ódio, conseguem produzir pérolas às vezes, e devemos saber separar o produto do produtor e utilizar aquele em nosso benefício.

Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.” – Che Guevara

Deixe-me compartilhar alguns ensinamentos do Capítulo 1 do Livro, entitulado The Oasis Within. Os mesmos são apontamentos de leitura:

1 – The Oasis Within

    • A vida deveria ser uma série de aventuras. Em alguns dias difíceis, nós atravessamos o deserto por um tempo que parece uma eternidade. O tempo se move quase relutantemente – lenta e pesadamente, como se estivéssemos sendo empurrados para baixo pelo calor do sol e ficássemos atolados na areia. Em outros dias, nós pegamos uma brisa refrescante e ficamos em um oásis delicioso, com boa comida e bebida, água abundante e novos amigos. Nós contamos histórias. Cantamos e dançamos. Jogamos jogos. Lemos. Aproveitamos a nós mesmos. O tempo é diferente. Esses dias parecem passar muito rapidamente. Mas eles nos preparam bem para o próximo trecho de viagem que temos pela frente.
    • No sol inclemente, queremos sombra. Então, quando uma tempestade de vento e areia aparece, queremos que o céu fique claro novamente. Nós não podemos sobreviver à tempestade! Mas, antes, havíamos dito: não podemos sobreviver ao Sol! Mas nós resistimos e sobrevivemos.
    • O verdadeiro segredo da vida é carregar em seu coração o Oásis todos os dias, um lugar de repouso e refresco dentro de você. Então, quando o sol for intenso, ou quando a tempestade aparecer, você pode ter uma medida do que você sente em seus melhores dias. O Oásis dentro de você é sempre seu, se você levá-lo consigo onde quer que você vá.Uma importante verdade sobre como devemos viver no mundo a todo tempo:
    • 💡O Oásis dentro de você é sempre seu, se você levá-lo consigo onde quer que você vá
  • Como levar o Oásis dentro de si onde quer que formos?
    • Com nossos pensamentos. Todo poder que temos começa com nossos pensamentos. Use bem seus pensamentos e você pode criar dentro de si a coisa mais vital de que você precisa para a jornada dessa vida. Seus pensamentos podem ter grande poder – muito grande, na verdade. Use-os bem a cada dia e você irá cultivar seu próprio e especial Oásis dentro de você.
  • Como carregar a calma independente da situação em que vivemos conosco?
    • Lembre-se do telescópio: Quando olhamos através do lado menor, vemos tudo maior e mais perto. Mas quando viramos o telescópio e olhamos através do lado maior, tudo se torna menor e mais longe. Homens grandes parecem pequenos, árvores altas parecem pequeninas imagens de si mesmas.
    • Todos nós temos em nossas mentes algo como um telescópio interno para nossos pensamentos e sentimentos. Quando as coisas parecem ruins, nós automaticamente as vemos através do lado menor do nosso telescópio como a maioria das pessoas faz, e então essas coisas parecem ainda maiores e mais perto de nós e piores do que realmente são. Isso é o que nos deixa assustado ou preocupado. Mas, assim como um telescópio real, nós podemos virá-lo e olhar através da outra ponta. Isso fará nossos problemas parecerem menores. Isso irá reduzir em nossas mentes e corações o tamanho percebido do que estamos enfrentando. Então, podemos nos sentir maiores e mais poderosos do que o desafio que nos confronta. Com frequência, é só isso que precisamos.
    • O maior segredo, é o seguinte: uma vez que você tenha masterizado o uso do seu telescópio interior e o poder da perspectiva, você pode deixá-lo de lado e simplesmente olhar para as coisas como elas são. E você irá saber. A maioria das coisas na realidade não é maior do que nós podemos dar conta. E isso é muito importante de lembrar.
    • Sabedoria na vida é sempre sobre perspectiva. Escolher o ponto de vista correto e ver as coisas apropriadamente lhe dá poder, porque traz paz ao seu coração e calma à sua mente. Então você pode pensar claramente a agir bem, mesmo em tempos desafiadores.
    • Volta e meia, vemos duas pessoas conversando e uma delas diz: “Vivemos tempos difíceis”. A outra, responde: “Sim, mas com a perspectiva correta, podem ser justamente o tempo que precisamos”. O primeiro parece preocupado. O segundo, soa calmo e confiante.
    • Nossos pensamentos podem nos fazer sentir bem ou mal, preocupados ou confiantes. Nossos pensamentos podem fazer com que nos sintamos vitimizados pelas circunstâncias ou preparados para a ação. E o mais importante: Podemos aprender a controlar nossos pensamentos com prática e esforço, até que finalmente se torne mais natural e quase sem esforço, da mesma forma que respirar. Quando governamos bem nossos pensamentos, usando o poder da mente, nós clareamos o caminho para que nossa jornada na vida seja boa, abençoada com paz interna.
  • Sobre viver no momento presente:
    • Não se preocupar em demasia com o futuro ou com o passado – o que pode vir ou o que passou. A maioria das pessoas faz justamente o contrário. Elas viram seu telescópio interno em direção a tempos que não existem. Elas buscam bisbilhotar no futuro, adivinhando sem parar o que vem depois e se preocupando ou esperando; ou então gastam muito tempo tentando reviver o passado, ou mergulhando nele de uma forma negativa e se arrependendo dele, ou sentindo raiva dele. Mas quando fazem isso, tudo o que fazem é ver coisas que não existem agora, neste momento. O passado já foi e o futuro ainda não chegou.
    • Nós certamente aprendemos com o passado, usando o conhecimento que ele nos trouxe e nós precisamos planejar para o futuro, fazendo nosso melhor para torná-lo bom. Mas consumir a si mesmo com tempos nos quais não habitamos, deixar nosso coração ascender e cair, se deixar levar por bons ou maus sentimentos sobre o que pensamos ver no passado ou no futuro pode trazer problemas para a vida do momento presente.
    • A memória é poderosa. A imaginação é forte. A memória pode nos amarrar ao passado. A imaginação nos levar ao futuro. Mas sem verdadeiramente viver o presente, prestando atenção suficiente a ele e conhecendo-o como é, não poderemos nunca interpretar adequadamente o passado ou criar o melhor futuro.
  • Parte de trazer nosso Oásis conosco através da vida significa viver intensamente o momento presente e outra parte significa escolher uma boa perspectiva e não deixar as dificuldades parecerem maiores ou piores do que realmente são.

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Hoje foi dia de fisioterapia, com a Roberta Cauduro. No Domingo, corri por 2 horas em Itaara e nos 20 a 30 minutos finais senti novamente meu neuroma de Morton no pé esquerdo e, durante boa parte da corrida, uma “lesão nova” no pé direito, bem na parte central, associada à flexão do pé. Essa lesão e sua dor já me acompanham há algumas semanas, fiz duas sessões de fisio até agora e, confesso, não fiz o gelo na frequência adequada orientado pela fisioterapeuta, tampouco comecei a tomar a garra do diabo indicada por ela (comecei hoje, agora há pouquinho) como anti-inflamatório.

Por aqui, enquanto os treinos ficam lenta e gradativamente mais intensos e desafiadores (à medida em que o condicionamento e o preparo físico também vão se aprimorando), preciso garantir que “partes” do meu corpo estejam alinhadas com o todo, e não atravanquem o processo de evolução contínua (mesmo que dois passos para frente e um para trás) que é necessário para que eu conclua satisfatoriamente o Iceland Coast to Coast em agosto de 2026.

Nos vemos amanhã, querido diário.

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