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Energia Renovável Não-poluente e Olavo de Carvalho e o Samba

E então amigos, como foi sua Páscoa? Descansaram bastante? Espero sinceramente que tenham aproveitado para “reenergizarem-se”. Tanto me reenergizei que fiquei sem tempo para escrever algo decente para este espaço! Mas olha só o que preparei:

Sobre energia, coloco abaixo um comentário que deixei no blógue do digníssimo Henrique, defensor louvável da energia renovável.

“É com prazer que convosco concordo em relação a toda e qualquer forma de utilização de energia renovável e não poluente. Esta mesma concordância passa por um ponto que nós, aqui no Brasil, temos em alta pauta: por sermos um dos pulmões do mundo e também responsáveis pelo maior reservatório de água doce do planeta, possuirmos um litoral de 8000 km (ideal para aproveitamento de energia eólica), logo pensamos (tão logo se desvie a atenção deste combustível fóssil que encontra-se, pode-se assim dizer, na iminência de acabar) para nossa riqueza localizada lá na Amazônia… Não que não se possa dividir tal riqueza com o mundo, em caso de necessidade mas ora, pensemos juntos: o Grande Império obviamente se achará no direito de “tomar conta” e gerenciar nossas águas e florestas “para o bem da humanidade”, como fizeram nesta última invasão ao Iraque. Se pagamos o petróleo que consumimos, não poderão pagar por nossa água. Ora, se nós mesmos pagamos a água que consumimos, não pagarão aqueles que dela necessitarem? Egoísmo? Egoísmo para a água e não para o petróleo? Para a tecnologia? Para as medicações que salvam vidas? Para a comida? Subsídios que esmagam a concorrência? Mil perdões, mil perdões… Estou a falar demais…”

Tenho por certo que este assunto é polêmico e poderíamos ficar dias a falar sobre ele mas, polêmico também é um texto escrito pelo meu amigo César, em seu blógue. Olha só duas passagens:

“Para [Olavo de] Carvalho, “a escolha de um sambista” (como ele se refere a Gilberto Gil) para o Ministério da Cultura seria sintoma da fragilidade cultural do Brasil. (p. 14) ”

“Quem é “frágil”? Que “cultura” é essa que é frágil? Certamente, não esta cultura rica e vigorosa que formou e cultivou o samba. Essa cultura é muito robusta, muito rica. No samba não há fragilidade alguma. Ao contrário, há força e motivação para se produzir mais beleza. ” Para ler mais e comentar (vale a pena) dá uma chegada no Animot.

Rafael Reinehr é médico endocrinologista, anarquista, escritor, permacultor, ativista oikos-socio-ambiental e polímata ma non troppo.

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