Despertar
Quando as cores somem
Desaparecem como se nunca houvessem existido
Quando as luzes brilham
Mas não servem mais ao seu propósito
O vazio preenche todos espaços
Toma conta de tudo que resta
De tudo que sobrou, dos escombros
Agora em tons de cinza, escuro
Já não se ouvem passos, nem vozes
Somente um grito, surdo, ensurdecedor
Que me faz fechar os olhos
E ver coisas até então sem sentido
A distância agora consigo medir
Ela existe, e assusta
Tenho medo de não mais voltar
De não escolher o caminho certo
Sinto cheiro de café
E sinto necessidade de acordar
Deste sonho, que é uma vida
E viver, esta vida – que é realidade.