Rio de Janeiro, o Baixo Gávea e a Pequena Grande Inventora
Sai do hotel acompanhando do colega Manoel Fernandes em direção ao Braseiro da Gávea, que fica em frente à churrascaria Hipódromo. Lá nos encontramos com a amiga – então já não mais virtual – que prefere ficar anônima.
A Gávea é um bairro aconchegante, cheio de verde, contruções sem exageros de estilo e que se encaixam perfeitamente dentro de suas diferenças. O Baixo Gávea tornou-se, nos últimos anos, reduto de intelectuais, jornalistas e artistas que – conferi pessoalmente – possuem saboneteiras maiores do que as que aparecem na televisão.
Depois de uns copos de chope no Braseiro, mudamos de barzinho e sentamos no Bar do Alemão, logo ao lado e a conversa passou a ser regada por Original e uma lingüicinha Frankfurten picadinha.
Entre copos e relatos, descobrimos um pouco da história da anônima amiga e de sua família, as histórias de guerra do seu avô, a descoberta de uma fórmula de emagrecimento – que não posso obviamente compartilhar – e também a teorização de uma nova concepção para a vida humana, filosoficamente interessante e difícil de demonstrar e explicar.
Ao final do dia conhecemos a pequena Schnauzer mini que divide o apartamento com a senhorita X, o Manoel fumou um charuto com nossa hostess e nos despedimos ao som de Sinatra, Jobin e Louis Armstrong.
Já no hotel, bateu aquela fome e resolvi ser gentil com meus impulsos e pedi uma caprichosamente bem servida Canjinha à brasileira, com franguinho desfiado, cenouras, temperos verdes acompanhadas de um pãozinho com manteiga… E o sono veio vindo, vindo, vindo…