
DVG#011 – A bagunça exterior reflete a bagunça interior
Olho para a mesa do “escritório” aqui do lado. Uma bagunça! Papéis, uma revista, livros, frasco de suplemento, gel de carbo, uma bananada, anti-inflamatório, carteira, mais papéis, amostra-grátis de remédios para pacientes, carteira, copo, giz de cera do Davi, xícara de café vazia, porta-óculos, caixa de pastilhas para garganta, suporte para celular, tigela tibetana, sino para meditação, controlador analógico de tempo, lixeira, monitor de computador, mesa de som, monitores de som, aromatizador de musgo de carvalho, porta-trecos, uma ampulheta, muitos muitos fios, impressora e ainda muitas outras coisas.
Não. Não é assim que eu visualizo o meu local de trabalho “clean, minimalista e organizado”, como eu gostaria que fosse.
A justificativa? “Ah! Não tenho espaço para colocar essas outras coisas”
A verdade: Essas coisas vão chegando, realmente não tem “gavetas ou espaços dedicados” a elas e a mesa é o local mais rápido e “confortável” para que elas fiquem até que eu ache tempo para realocá-las.
Classificar essas outras coisas e manualmente carregá-las para seu devido lugar é a parte chata da vida. Para mim, pelo menos.
Meu eu “criativo” gostaria que a burocracia e as partes chatas desaparecessem, e só ficasse o bem bom. A parte de criar a bagunça. A parte de arrumar não é legal!
Mas eu sinto que essa bagunça exterior pode também refletir um pouco da “gabunça” interior, essa desordem temporária que todos vez ou outra sentimos quando estamos passando por períodos turbulentos ou por momentos de importante transição e transformação, de uma realidade de vida para outra.
Então, não fico profundamente machucado com essa fase desorganizada. Me ressinto e fico levemente triste por não estar dando meu melhor (no quesito ordem no espaço de trabalho), mas compreendo que são fases e que esta talvez seja necessária para que eu possa ter tempo e energia para outras áreas que estão requerendo mais minha atenção neste momento.
Por hoje fico por aqui com esta reflexão. E te pergunto: como você vive a relação de ordem e desordem entre seus mundos exterior e interior?
