Obesidade

Obesidade: a Epidemia dos Tempos Modernos

A Obesidade, até há bem pouco tempo, passava despercebida entre a vasta gama de enfermidades que assolam o ser humano. Isso porque, até muito recentemente, era encarada como sinal de personalidade fraca, combinação de glutonice e maus cuidados com o próprio corpo. A relutância da própria Medicina em encarar a Obesidade como doença levou a uma demora na identificação de métodos eficazes para o seu controle. Tanto demorou que hoje vivemos uma epidemia, na qual cerca de 40% da população adulta brasileira apresenta sobrepeso e um terço (33%) é obesa. Nos Estados Unidos a situação é ainda pior: lá, 65% dos adultos são obesos ou têm sobrepeso e 18% têm obesidade mórbida.

Mas se consideramos a Obesidade uma doença, por que isso ocorre? Basicamente porque a presença de obesidade está associada ao surgimento em maior freqüência de uma série de enfermidades, como a hipertensão, o diabete melito, infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (derrames), gota, câncer de útero, osteoartrose de quadril, joelhos e tornozelos, cálculos na vesícula, varizes, cálculos renais, câncer de mama, irregularidades menstruais, excesso de pêlos e também infertilidade e morte prematura.

O que mudou nos últimos anos? Passou-se de uma visão permissiva para uma mais intromissiva no que tange a Obesidade. Sabe-se que praticamente a totalidade dos pacientes obesos apresentam algum transtorno do humor, quer seja o humor deprimido levando ao sedentarismo e a pouca busca por atividade física saudável e necessária, ou a ansiedade, associada a hábitos alimentares compulsivos e outros comportamentos auto-destrutivos.

A Obesidade, até há bem pouco tempo, passava despercebida entre a vasta gama de enfermidades que assolam o ser humano. Isso porque, até muito recentemente, era encarada como sinal de personalidade fraca, combinação de glutonice e maus cuidados com o próprio corpo. A relutância da própria Medicina em encarar a Obesidade como doença levou a uma demora na identificação de métodos eficazes para o seu controle. Tanto demorou que hoje vivemos uma epidemia, na qual cerca de 40% da população adulta brasileira apresenta sobrepeso e um terço (33%) é obesa. Nos Estados Unidos a situação é ainda pior: lá, 65% dos adultos são obesos ou têm sobrepeso e 18% têm obesidade mórbida.

Mas se consideramos a Obesidade uma doença, por que isso ocorre? Basicamente porque a presença de obesidade está associada ao surgimento em maior freqüência de uma série de enfermidades, como a hipertensão, o diabete melito, infarto do miocárdio, acidentes vasculares cerebrais (derrames), gota, câncer de útero, osteoartrose de quadril, joelhos e tornozelos, cálculos na vesícula, varizes, cálculos renais, câncer de mama, irregularidades menstruais, excesso de pêlos e também infertilidade e morte prematura.

O que mudou nos últimos anos? Passou-se de uma visão permissiva para uma mais intromissiva no que tange a Obesidade. Sabe-se que praticamente a totalidade dos pacientes obesos apresentam algum transtorno do humor, quer seja o humor deprimido levando ao sedentarismo e a pouca busca por atividade física saudável e necessária, ou a ansiedade, associada a hábitos alimentares compulsivos e outros comportamentos auto-destrutivos.

Bem, mas de que forma avaliamos a obesidade? O método mais prático aceito hoje em dia é o cálculo do índice de massa corporal (IMC), que é feito dividindo-se o peso pelo quadrado da altura, assim:

Peso: 88kg Altura: 1,80m

IMC= peso/alt² IMC= 88/1,80×1,80 IMC= 27,16

Assim teremos:

IMC entre 20 e 24,9: normal
IMC entre 25 e 29,9: sobrepeso
IMC entre 30 e 34,9: obesidade classe I
IMC entre 35 e 39,9: obesidade classe II
IMC maior que 40: obesidade classe III (ou mórbida)

Existem outras formas de definir e avaliar obesidade, mas não serão abordadas aqui.

E quais são as causas da obesidade? Além dos fatores genéticos, herdados de nossos pais e avós, temos a influência importante de fatores ambientais, quais sejam: ingestão de alimentos e atividade física.

As pessoas gordinhas e com a família também gordinha têm uma tendência herdada de gastar menos a energia ingerida do que uma pessoa magrinha com um mesmo grau de atividade física. A isso chamamos de metabolismo basal diminuído. É por isso que a pessoa obesa deve se esforçar mais (comer menos ou se exercitar mais) que uma pessoa com tendência familiar a ser magra.

Em relação ao ambiente, um dos fatores mais notórios associados à epidemia da obesidade diz respeito ao desenvolvimento tecnológico e o aumento do conforto de nossa sociedade ocidental contemporânea. Desta feita, controles remotos para aparelhos eletrônicos, direções hidráulicas e vidros elétricos nos automóveis, lavadoras de roupa e de louça, tele-entregas e outras comodidades jogam a favor de uma economia de energia e conseqüente ganho de peso. Não é mais preciso caçar, pescar ou colher o alimento. É só esticar o braço na prateleira do supermercado.

As comidas gordurosas nunca estiveram tão em voga: fast-foods, pizzas, hambúrgueres, massas, queijos, carnes… Que gostosura! É claro, comer é bom, todo mundo gosta, dá prazer! É por isso que é tão difícil perder peso: temos que castrar (ou pelo menos limitar) um de nossos maiores prazeres!

É tarefa difícil mas de jeito algum impossível! Com uma boa reeducação alimentar, trocando alimentos mais por menos calóricos, aprendendo a lidar com a compulsão, realizando exercícios físicos regulares de forma adequada e, ocasionalmente, com auxílio inicial de alguma medicação, podemos vencer esta batalha contra o excesso de peso e tornar a vida de muitas pessoas mais saudável e prazerosa.

*Rafael Reinehr é Médico Endocrinologista da Clínica MedSpa – Formado pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Especialista em Medicina Interna e Endocrinologia e Metabologia pelo Hospital Nossa Senhora da Conceição de Porto Alegre, Titulado em Endocrinologia e Metabologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e aperfeiçoado em Neuroendocrinologia no Saint Bartholomew’s Hospital – Queen Mary’s  School of Medicine and Dentistry. Publica seus artigos de cunho popular semanalmente aqui neste site e em vários jornais do Brasil. Se o seu periódico estiver interessado em publicar os artigos, entre em contato .

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