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A Paixão de Cristo

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Não poderia eu deixar passar esta polêmica.

Afinal de contas, o que chama tanto a atenção em mais um filme sobre a vida de Jesus Cristo?

O primeiro aspecto diz respeito ao seu diretor: famoso e renomado Mel Gibson. Pensa o público: vamos ver o que o ator e diretor de Coração Selvagem tem a dizer…

Segundo aspecto: para um filme condensar as 12 últimas horas da vida de Cristo, deve realmente trazer um aimpactante aglomerado de informações. Verdade.

Em terceiro lugar, o filme torna-se polêmico ao relembrar (e deixar de forma bem clara) que a decisão sobre a crucificação e morte de Cristo foi total e exclusivamente decisão do povo judeu (levantando novamente a questão do anti-semitismo).

O filme apresenta cenas bastante fortes de tortura e sofrimento de Jesus antes de chegar à cruz, sendo a cena da crucificação bastante impactante.

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De nada adianta conhecermos a história e não aplicar os ensinamentos da mesma. Vejo o filme assim, como uma lição para relembrar erros grotescos do passado da humanidade que nunca mais deveria se repetir. Repetem-se diariamente nas vidas de muitas pessoas e os vemos no noticiário da noite. Não deveriam, mas acontecem.

A cruz não nos redimiu dos pecados. Não há força capaz disto. Somente o Deus interior de cada um tem poder para tanto. Ninguém mais.

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Rafael Reinehr é médico endocrinologista, anarquista, escritor, permacultor, ativista oikos-socio-ambiental e polímata ma non troppo.

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