Literatura
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José Saramago – As intermitências da morte – NR006
Nanoresenha # 005 – NR005 José Saramago – As intermitências da morte Quem já leu Saramago, já sabe o que esperar. Uma literatura irônica, nem sempre sutil, uma cotovelada na orelha do sistema político português e, é claro, diálogos que se acotovelam pontuados apenas com uma vírgula seguida de uma Maiúscula. Lendo “As intermitências da morte” me lembrei do livro Bartleby e Companhia, em que o escritor Enrique Vila-Matas apresenta um personagem que acreditava que Saramago lhe roubava as idéias para escrever seus livros. Mal ele havia pensado em um projeto de livro, em poço tempo Saramago lançava o livro com a idéia por ele pensada. Lembrei…
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Daniel Galera – Mãos de Cavalo – NR005
Nanoresenha # 004 – NR004 Daniel Galera – Mãos de Cavalo Este é primeiro livro do "cumpadi" Galera que ponho nas mãos. Deixei passar a coletânea de contos "Dentes guardados" de 2001 e o romance "Até o dia em que o cão morreu", de 2003. Mas isso não foi desconsideração de forma alguma. Acompanho o Galera desde os tempos imemoriais em que ele escrevia no saudoso e hibernante (prefiro pensar assim) CardosOnline. Apesar de nunca travarmos contato senão por um ou outro mail, senti, após a leitura de Mãos de Cavalo, como se tivéssemos passado boa parte da infância juntos. O assim chamado "romace de…
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Salvador Elizondo – Farabeuf – NR004
Nanoresenha # 004 – NR004 Salvador Elizondo – Farabeuf Quem resolver se aventurar na leitura de Farabeuf deve munir-se de cautela. Extrema. Deve saber que deverá ser extremamente tenaz na leitura de seus dois primeiros capítulos. O escritor dará de tudo para que você desista da leitura. Haverá momentos em que seu desejo será de rasgar o livro em mil pedaços e amaldiçoar aquele seu amigo que o indicou a leitura da obra. Acontece que a perseverança quase sempre é premiada. Já ao começo do terceiro capítulo, um pequeno vão entre grossas cortinas de veludo deixa escapar um tênue fio de luz, que indica ao leitor a presença…