Steve Reich: Minimalismo, Experimentalismo e Clássico Contemporâneo
Stephen Michael Reich (nascido a 3 de outubro de 1936) é um compositor americano pioneiro no minimalismo. Foi o primeiro a utilizar loops de fita para criar padrões de phasing. Muitas de suas composições são marcadas pelo uso de figuras repetitivas, ritmos harmônicos lentos e que, até certo ponto, influenciaram a música contemporânea nos Estados Unidos. Na década de 80 seus trabalhos se tornaram mais obscuros mas não menos intrigantes. Entre outros, Steve Reich sabidamente influenciou Philip Glass, John Adams, a banda progressiva King Crimson e o músico eletrônico Brian Eno.
Formado em Filosofia em 1957, incorporou alguns textos de Wittgenstein em suas músicas Proverb (1995) e You Are (variations) (2004). Desde seus primeiros trabalhos, Reich interessou-se pelo dodecafonismo, sendo que a utilização da escala cromática ao invés das escalas melódicas convencionais é uma marca registrada de seu trabalho.
Seu primeiro grande trabalho, entitulado It’s Gonna Rain, escrito em 1965, usava gravações de um sermão sobre o fim do mundo dado por um pregador de rua Pentecostal conhecido como Irmão Walter. O sermão foi enviado em múltiplos loops tocados dentro e fora de fase, com segmentos cortados e rearranjados.
A música Come Out, de 1966, usa em seus 13 minutos desta mesma manipulação de uma simples fala de um sobrevivente agredido em uma ação de violência civil. Reich pegou a fala “come out to show them” e a regravou em dois canais, que são inicialmente tocados em uníssono. Rapidamente, os canais saem de sincronia e gradualmente a discrepância entre eles se alarga e continua se separando até que as palavras se tornem ininteligíveis, deixando o ouvinte somente com os padrões rítmicos e tonais.
Veja abaixo um vídeo com a música Come Out:
http://www.youtube.com/v/H6x1co_5F7E&hl=en&fs=1(existe outra versão de Come Out acompanhada de coreografia, mas existem algumas interferência sonoras nesta versão; a versão acima respeita mais a sonoridade original da música)
(este é um artigo incompleto; será complementado nas próximas semanas com mais informações e vídeos)
3 Comentários
cibelle
ola
gosto muito das suas composições beijinhos
Rafael Reinehr
Muito, muito bem lembrado
Norberto, muito bem lembrado! É uma lástima que eu não tenha me apegado – nos vários filmes que vi nos últimos anos – em anotar o nome de alguns belos compositores que nos pegam pela originalidade e inventividade. O bom é que ferramentas como a Last.fm e o Musicovery nos ajudam a recuperar estes “artistas” relacionados, como citaste. Mas a melhor ferramenta ainda são os amigos, que nos lembram melhor do que ninguém das associações. Ontem mesmo, em um baile de formatura, fiquei conversando com um amigo meu sobre rock gaúcho e brasileiro dos anos 80 e o número de bandas que lembramos em conjunto foi algo! Muito bom!
Norberto Kawakami
Wim Mertens
Existe também o compositor minimalista Wim Mertens que o Marcelo Masagão utilizou bastante no filme/documentário “Nós que aqui estamos por vós esperamos”
É sensacional…