Plantão EpE: Karol Wojtyla – 18/05/1920 – 02/04/2005
Karol Józef Wojtyla, conhecido como João Paulo II desde sua eleição de outubro 1978 ao papado, nasceu em Wadowice, uma pequena cidade a 50 quilômetros de Cracóvia, em 18 de maio de 1920. Era o segundo de dois filhos nascidos a Karol Wojtyla e Emilia Kaczorowska. Sua mãe morreu em 1929. Seu irmão mais velho Edmund, um médico, morreu em 1932 e seu pai, um oficial inferior do exército morreu em 1941.
Karol formou-se em filosofia e literatura e gostava muito de esportes. Chegou a praticar canoagem, ciclismo e montanhismo antes de abraçar a teologia. Para quem quiser uma detalhada biografia do Papa João Paulo II, antes e após o pontificado, recomendo uma visita aqui.
Apesar de não ser católico, tampouco cristão, desde sempre nutri uma curiosa admiração pelo papa João Paulo II. Não sei ao certo o que me chamava atenção nele. Talvez fosse o fato de ter sido ele o primeiro a efetivamente relacionar-se com outras igrejas, tendo visitado mesquitas e sinagogas. Também pode ter sido pelo fato de, com seu gesto de beijar a terra em cada nova visita a um país distante, emoldurar com humildade sua já carismática feição. Quem sabe ainda, posso ter-me afeiçoado ao representante maior da Igreja Católica pelo fato de ter sido ele o primeiro a reconhecer publicamente uma série de erros cometidos pela sua Igreja no passado.
Em meio a seu importante trabalho de pacificação mundo afora, o Papa João Paulo II teve a “cara-de-pau” (no bom sentido) de vir ao Brasil e nos lembrar da eterna dívida com a idéia de reforma agrária.
Entretanto, como é inerente a qualquer ser humano, incorreu também em alguns erros, que possivelmente somente o tempo poderá dar razão. Entre eles a manutenção rígida e inflexível da proibição do uso da anticoncepção feminina.
Sinceramente, tenho cá para mim a sincera impressão de que este papa, Karol Wojtyla, o João Paulo II, lááááá no seu íntimo, era favorável a mudanças bem mais radicais no seio da Igreja Católica, mas por motivos que somente a própria Igreja conhece, não puderam ser abertamente expressos. Posso estar viajando, não tenho informações de fontes seguras nem incertas, é apenas uma impressão pessoal – a mesma que me afinou com a figura do papa.
Como disse, não sou católico tampouco cristão, mas tenho que reconhecer: o Papa João Paulo II deve ser lembrado sempre como um homem que exerceu e pregou uma escolha: a escolha do bem.
Se refletirmos bem, esta é uma das mais importantes escolhas que o ser humano tem frente à vida. Estamos sempre escolhendo: vamos parar ou ir adiante, vamos entrar ou ficar de fora, vamos deixar acontecer ou vamos participar, seremos do mal ou do bem?
Karol ensinou isso a todos, cristãos ou não: seja do bem.
E é aqui que esta história termina, pois daqui em diante viriam as explicações de porque não é necessário ser cristão ou adepto de qualquer religião para seguir por este caminho do bem. Mas isso fica para ooooooutro momento…
PS: outro motivo que me deixa satisfeito com o Papa João Paulo II, é que ele não fez parte desta lista e, além do mais, escreveu este texto sobre relações sexuais em 1960, enquanto era Arcebispo da Cracóvia. Agradeço ao João M pelos linques.