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Uma Aldeia Chamada Linguagem (e a seca da literatura)
Há algum tempo atrás, cerca de quatro ou cinco anos para ser menos impreciso, escrevi um “conto didático” chamado Uma Aldeia Chamada Linguagem. Desde aquela época, muitas pessoas reconheceram nele uma possível utilidade como material didático para o ensinamento das figuras de linguagem e estilística. Hoje, vagueando pelos confins do meu cérebro, acabei por dar um canelaço na lembrança deste conto e resolvi, aproveitando a por vezes presente “aridez literária” que me consome, revisitar este conto que, se melhor trabalhado, poderia inclusive ser incluído em algum livro de gramática como “material explicativo” ou “exemplo” das referidas figuras de linguagem. Seco, encaminho-vos à leitura do conto Uma Aldeia Chamada Linguagem. Sua…
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Terça-feira, 5 de outubro de 2004 – Uma Aldeia Chamada Linguagem
Querido amigo Hiperativo Confuso: Como havia lhe prometido, estou escrevendo sobre esta nova terra que acabei de conhecer. Nem lembro direito como cheguei a ela, acho que foi depois de dobrar à direita após uma ravena passando uns cinqüenta quilômetros do Himalaia. O que importa é que tudo transcorreu bem e agora estou aqui, pronto para seguir jornada para mais uma aventura. Mas antes, tenho que lhe falar deste povo que conheci e de seus costumes. Viviam em uma Aldeia hermeticamente fechada chamada Linguagem. Me disseram que seus ancestrais eram todos de origem grega. Cada qual com sua função, seu porquê, seu destino. Dividiam sua comunidade entre os trabalhadores braçais,…
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Terça-feira, 12 de outubro de 2004 – Receituários azuis
Não vou escrever muito hoje porque quero que as poucas pessoas que passarem por aqui (e ainda não leram) dêem uma olhada no texto abaixo, "Uma Aldeia Chamada Linguagem" mas, de toda feita, aproveito para perguntar: – Por que cargas d’água o mundo parece andar movido a medicações "faixa preta", aquelas prescritas com receituários especiais de cor azul?