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TAZ – Zona Autônoma Temporária – Hakim Bey – Psicotopologia da Vida Cotidiana (parte III de VII)
Em 1899 o último pedaço de terra não reivindicado por um Estado-nação foi devorado e o mapa terrestre foi “fechado”. Não temos mais terras incognitas, sem fronteiras. Do ponto de vista de Hakim (que também é compartilhado pela quase totalidade dos anarquistas) a definição de um território “de alguém”, esta malha política abstrata é uma proibição gigantesca imposta pelo cacetete condicionante do Estado “Especializado”. Como solução, surge o conceito de psicotopologia (e psicotopografia) para desenhar mapas da realidade em escala 1:1, que ajudarão a encontrar “espaços” (geográficos, sociais, culturais, imaginários) com potencial de florescer como zonas autônomas nos momentos em que estejam relativamente abertos, seja por negligência do Estado ou…
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TAZ – Zona Autônoma Temporária – Hakim Bey – Esperando pela Revolução (parte II de VII)
Na segunda parte do livro, Hakim Bey questiona-se: “O que foi feito do sonho anarquista, do fim do Estado, da comuna, da zona autônoma com duração, da sociedade livre, da comuna livre? Devemos abandonar esta esperança em troca de um acte gratuit existencialista? A idéia não é mudar a consciência, mas mudar o mundo”. E, questiono-me eu: não é justamente esse o objetivo da propaganda, do Estado e das demais instituições (Escola, Igreja, Exército, Polícia, Legislativo, Judiciário…) – o de manter o status quo inalterado, para que as forças de sempre comandem o tabuleiro? O que vem sendo feito, década após década, não é uma mudança na consciência de cada…
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TAZ – Zona Autônoma Temporária – Hakim Bey – Utopias Piratas (parte I de VII)
A leitura de TAZ veio em boa hora. No momento em que estamos para desencadear uma ação que caracterizo como uma “força para-governamental”, uma série de atitudes voltadas a enaltecer o espírito altruísta dos indivíduos e de grupos humanos, a idéia de “zonas autônomas temporárias” vem bem a calhar. Se ainda não consigo encontrar argumentos fortes o suficiente para rejeitar as ações de grupos anarquistas radicais como os Black Blocks e outros grupos libertários que utilizam a ação violenta para expressarem seu desagrado em relação à opressão que lhes é imposta pelas forças do Estado, pessoalmente prefiro encontrar formas que não utilizem a luta armada para atingir as mudanças que…