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Nonsense, Deus e o vendedor de suco e a Futura Utopia
Hoje o dia amanheceu estranho (isso não significa necessariamente ruim!). Liguei o computador, uma mensagem esquisita em linguagem indecifrável dizendo que alguma coisa estava errada. Fui clicando nos botões e ele ligou. Está agora com a data de primeiro de janeiro de 2002. Amigos esotéricos e místicos, isso pode significar alguma coisa? Enquanto estava tomando meu leitinho – hoje é feriado do aniversário de Araranguá (e, quem me acompanha sabe que me dei férias às sextas-feiras há pouco mais de um mês) – deu vontade de fazer caquinha (ei, o que está olhando? Você não faz?) e, para aproveitar o tempo, resolvi levar uns papéis de tempos imemoriais que encontrei…
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Um vaso de flores
Entro na sala e não encontro nada exceto um galão de vinte litros de água. Naquela altura, as cadeiras, a pia, o ventilador, a cafeteira e o pequeno aparelho de som não chamam minha atenção. Fixo meu olhar naquele curioso galão de água. Em menos do que um instante, um turbilhão de perguntas invadiu minha mente cansada e atordoada pelas preocupações corriqueiras – entretanto volumosas – do dia-a-dia: – Quem levou aquele galão até lá? – O que estará ele fazendo naquele canto? – Para onde ele será levado e utilizado? – De onde vem a água que nele se encontra? – Quanto custou e onde foi comprado? – Poderia…
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Vida no campo
Morar naquela casa lhe fazia bem. O ar do campo, barulho do riacho ao fundo e os passarinhos pela manhã. No pomar, frutas que jamais imaginara pudessem existir. E que doçura! Aquele entardecer com o sol se pondo mas montanhas, a noite estrelada, deitado na relva… Se soubesse que a vida lá era essa maravilha, tinha assassinado os donos há muito mais tempo.