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Despertar
Quando as cores somem Desaparecem como se nunca houvessem existido Quando as luzes brilham Mas não servem mais ao seu propósito O vazio preenche todos espaços Toma conta de tudo que resta De tudo que sobrou, dos escombros Agora em tons de cinza, escuro Já não se ouvem passos, nem vozes Somente um grito, surdo, ensurdecedor Que me faz fechar os olhos E ver coisas até então sem sentido A distância agora consigo medir Ela existe, e assusta Tenho medo de não mais voltar De não escolher o caminho certo Sinto cheiro de café E sinto necessidade de acordar Deste sonho, que é uma vida E viver, esta vida –…
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Domingo, 7 de março de 2004
01/03/04 – Sem burocracia hoje. Chegamos às 7:00 no 7º BIB, pois fomos "arranchados" (entenda-se obrigados) a tomar café e almoçar no Batalhão nesta semana. O café era um pão dormido, margarina, geléia de frutas, café e leite e uma nega-maluca de "sobremesa". Após o café fomos divididos em 2 pelotões de 18 e 17 aspirantes e passamos ao aprendizado da "ordem unida", que compreende as posições de descansar, sentido, apresentar armas e outras, que devem ser feitas simultaneamente por todos. Vestimos nossa farda e, após verificação da adequação da vestimenta, partimos para o almoço. O almoço estava melhor do que o café: um risoto de galinha, feijão e macarrão…
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Daniel Galera – Mãos de Cavalo – NR005
Nanoresenha # 004 – NR004 Daniel Galera – Mãos de Cavalo Este é primeiro livro do "cumpadi" Galera que ponho nas mãos. Deixei passar a coletânea de contos "Dentes guardados" de 2001 e o romance "Até o dia em que o cão morreu", de 2003. Mas isso não foi desconsideração de forma alguma. Acompanho o Galera desde os tempos imemoriais em que ele escrevia no saudoso e hibernante (prefiro pensar assim) CardosOnline. Apesar de nunca travarmos contato senão por um ou outro mail, senti, após a leitura de Mãos de Cavalo, como se tivéssemos passado boa parte da infância juntos. O assim chamado "romace de…