Sugestão de visita 002
Recomendo uma visita ao blógue O Velho da Montanha.
É um blógue português muito arrazoado que escreve de coração e com sentimento sobre os mais variados assuntos. Seus dois últimos pôusts, sobre a história das 21 gramas que perdemos na hora de nossa morte e sobre o encontro com a morte derivado da lenda “Encontro em Samarcanda” são absolutamente magníficos. Vale a pensa a visita!
Uma pedra no sapato
Assim como todos países do mundo são uma pedra no sapato do governo americano eu digo: as lojas de fotografia dos Estados Unidos, menos a BHPhotoVideo são uma pedra no meu sapato.
Depois de entrar em 14 sites especializados em fotografia, escolhi aquele com os melhores preços para encomendar minha Nikon D100. Depois de preencher vários formulários com dezenas de dados, verificar valores de postagem para o”Brazil”, colocar meus dados de endereço e cartão de crédito, confirmar e reconfirmar dados e senha, recebo uma mensagem dizendo: “muito obrigado pela compra”. Para confirmar seu pedido, entre em contato pelo telefone XXXX-XXX-XXXX. Faço uma ligação internacional, me rasgo todo no inglês para ser muito mal-educadamente atendido por um atendente da loja A&M Photo World.
Na seqüência, recebo uma mensagem da SmilePhotoVideo agradecendo meu interesse na compra das lentes que eu havia escolhido, mas eles não aceitam meu cartão de crédito internacional com origem do Brasil por motivos de segurança!
Resolvo fazer o pedido em uma loja chamada Adorama e em outra chamada Digital Liquidators. O mesmo acontece: “não aceitamos cartão de crédito internacional de brasileiros.” Isso depois de 4 ligações internacionais, sempre atendido por uma pessoa muito, mas muito mal-educada em todas ocasiões – REGRA GERAL, porém, amostra pequena.
Finalmente, resolvo ceder. Completo minha encomenda das lentes na BHPhoto assim como cartão de memória e bateria acessória. Resolvo comprar a máquina por aqui mesmo ou solicito para alguém trazê-la para mim, ainda não decidi.
A questão é: porque estes malditos sites não colocam bem grande, na primeira página: não vendemos para o Brasil?
Somente a BHPhoto anuncia, ao desejarmos comprar a referida máquina que não lhes é permitido realizar a venda para cá. Os demais sites te fazem de trouxa, gastando mais tempo do que gastaria um americano no aeroporto ao ter suas impressões digitais e sua foto tiradas…
Por essas e outras (Tratado de Kyoto, Guerra do Iraque) que não engulo um monte de merda que sai da boca de que defende esse bando de f.d.p. americanos que agora estão no poder (não me refiro ao povo americano, esteja bem claro, apesar de sua ignorância geográfica e seus hábitos alimentares toscos).
De onde surgiu o Escrever Por Escrever?
Para responder a esta pergunta, vou usar a resposta a um comentário que me foi feito no site Simplicíssimo, do qual sou editor.
Um digníssimo “anônimo” chamado Cairo, que não se identificou no espaço, escreveu o seguinte, sobre um excerto do Escrever Por Escrever original (excerto LI):
“Este texto lembra muito a espada de Dâmocles: comprida e chata. Vamos melhorar, pessoal!”
Para o qual lhe respondi:
“Críticas são sempre bem-vindas, principalmente quando elas APONTAM AS FRAQUEZAS que devemos corrigir!
De qualquer forma, para você que parece novo no Simplicíssimo e, no que diz respeito ao Escrever Por Escrever, “está por fora” e, creio, não tem idéia do seu significado, explico:
O Escrever Por Escrever é um projeto individual que começou em 03/06/2000 como uma série de apontamentos pessoais sobre acontecimentos de minha vida entremeados por idéias, projetos, textos e toda produção literária que porventura eu produzisse. Escrever Por Escrever é, para mim, um Caminho, de obrigatória passagem para meu aperfeiçoamento como pessoa e como escritor.
São poucas as pessoas com capacidade para entender isto, mesmo porque, fora de contexto, os textos realmente parecem fracos e sem sentido.
No momento em que consegues colocar o excerto LI (51, para os menos avisados) em seqüência com os outros 50 já publicados, talvez apareça uma mensagem ou um sentido que não transparece na peça isolada.
Pegue um trecho qualquer de Dostoiévski: apesar da genialidade que exibe em sua obra como um todo e, concordo, em muitas de suas passagens isoladas, não é na totalidade de suas frações que encontramos tal genialidade, mas nas frações enquanto totalidade.
São poucos – como Immanuel Kant – que podem ouvid de Goethe um elogio como “quando leio Kant, a cada nova página pareço adentrar em uma sala plenamente iluminada”…
Desejaria poder receber tais elogios, mas sei que não estou pronto, e por isto treino.
Este aqui é (foi) meu treinamento. Neste momento é história que estou deixando para meus filhos.
Dei seqüência com a idéia no Simplicíssimo, onde pude então expressar algumas idéias sem obrigatoriamente recorrer ao Escrever Por Escrever. Quando este mesmo Simplicíssimo tornou-se pequeno ao meu ímpeto de escrever (por escrever), acabei finalmente criando um blógue, chamado novamente Escrever Por Escrever.
Neste blógue despejo algumas idéias que, pelo crescimento do Simplicíssimo e pela participação efusiva de muitas pessoas, não pude mais colocar no espaço que havia criado.
Agradeço pela participação massiva de muitas pessoas que, como eu, tem este desejo de mostrar seus escritos, suas idéias e pensamentos, resultados dos estímulos individuais e únicos a que somos expostos desde o nascimento.
Espaço onde podemos ainda, em um mundo normalizado, que nos impõe semelhanças de consumo e atitudes que não dizem respeito a nós, exercer esta individualidade quase perdida.
Este é, sim, um exercício de indvidualidade. É uma lição para quem me acompanha. Como disse, talvez não faça sentido para quem “pega o bonde andando”, mas as edições anteriores estão aí para serem lidas.
No mais, digníssimo Cairo, se puderes colocar um endereço de e-mail ou um site para que possamos contatá-lo, isto seria bastante interessante, já que ficamos com o pé atrás com críticas que não dão a face para bater.
Agradeço também seu tempo dispendido para ler este longo e chato texto e ainda o tempo dispendido para o comentário, que me fez, por sua vez, dispender tempo igual ou maio para escrever esta resposta.
Um grande abraço e siga nos prestigiando.
Se tiveres textos bons que queira nos enviar, estamos cem por cento abertos à sua participação, através do Participe, ali no menu à esquerda!”
Bem, foi isso que lhe respondi, e nesta resposta encontra-se um pouco da história deste blógue, seus antepassados e seu significado para mim.
Fica aqui também um convite para que todos leitores destes escritos também se aventuram pelo mundo do Simplicíssimo. Seus textos serão sempre bem-vindos!