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Domingo, 8 de agosto de 2004 – Época de eleições

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(recebi por a-mail com o título "Anúncio brasileiro premiado em Cannes")

Chegamos no Brasil novamente em época de eleições. Ou melhor, época pré-eleitoral.
Por aqui, multiplicam-se panfletos, os postes e viadutos são inundados de sujeir… er, digo, de propaganda política, carros falantes gritam os jingles dos candidatos, somos abordados insistentemente nas ruas por cabos eleitorais de candidatos, nossa caixa de correio amanhece entupida de pnfletos eleitorais e, como se não bastasse, jornais, rádio e tevê também passam a papagaiar insistentemente acerca das eleições.

O que vocês leram aí em cima não é uma introdução de um ser apolítico que acha "toda essa coisa de eleição uma besteira". pelo contrário. É a fala de alguém preocupado com a mesmice, a repetição infundada de um sistema que só faz amnter o estado atual das coisas. Em primeiro lugar, quem mais é visto (ou falado e ouvido) é mais facilmente aceito pela grande massa de manobra que se constitui a imensa parte da população brasileira, que infelizmente sofre do que Habermas chamava de "distorção da informação". São pessoas intelectualmente despreparadas que acabam por receber informações e não sabem o que fazer com elas, acabando por perder o interesse pelo assunto, não consegue absorvê-lo e acaba votando ou , em linhas gerais, agindo de forma aleatória e pouco racional.

Como parte desta massa de pessoas intelectualmente despreparadas, acabo por rejeitar esta informação toda que sou incapaz de compreender e, nestas eleições vou manter pleo menos um critério principal para escolher em quem vou votar, ou melhor, em quem NÃO VOU VOTAR:

NÃO VOU VOTAR EM QUALQUER CANDIDATO QUE ESTEJA SUJANDO RUAS, POSTES, ESPALHANDO PANFLETOS NÃO SOLICITADOS EM MINHA CAIXA DE CORREIO, ME INTERPELANDO INSISTENTEMENTE PELA RUA, ENCHENDO MEU SACO COM LADAINHAS INSOSAS OU QUALQEUR TIPO DE PROPAGANDA ELEITORAL APELATIVA.

Vou votar naquela pessoa da qual MENOS OUVI FALAR antes das eleições. Quem precisa investir muito em propaganda é porque não fez o suficiente para merecer o lugar que almeja…

Termino este texto com uma linda declaração do homem mais poderoso do planeta (dizem aqueles que acham que entendem o que é poder…):

"Os nossos inimigos são inovadores e engenhosos. Nós também. Os nossos inimigos não param de pensar em novas formas de prejudicar o nosso país e o nosso povo. Nós também." (George W. Bush – presidente dos Estados Unidos da América)

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