Curso de Fotografia

Aula 1 – História da Fotografia

         Não poderia começar um curso de fotografia sem dedicar algumas palavras para contar a história desta maravilhosa arte, que interrompe a passagem do tempo e imortaliza instantes de forma, ainda hoje, quase mágica.

         Assim como em outras invenções, existem ainda hoje discussões acerca dos inventores da fotografia. É fato que, em torno de 1826, tanto o francês Joseph Nicéphore Nièpce quanto o brasileiro Hercule Florence trabalhavam buscando aprimorar os sistemas de impressão quando tiveram a idéia de unir dois fenômenos – a câmera obscura, utilizada por artistas desde o século XVI para facilitar a pintura de corpos e objetos reais e a característica fotossensível dos sais de prata, demonstrada pelo físico alemão Johann Heinrich desde 1727.

         Quem ficou com a fama pela descoberta, entretanto, foi o associado de Nièpce, Jean Jacques Mande Daguerre, que rebatizou a heliografia (nome dado por Nièpce) de daguerreotipia.

         Não poderia começar um curso de fotografia sem dedicar algumas palavras para contar a história desta maravilhosa arte, que interrompe a passagem do tempo e imortaliza instantes de forma, ainda hoje, quase mágica.

         Assim como em outras invenções, existem ainda hoje discussões acerca dos inventores da fotografia. É fato que, em torno de 1826, tanto o francês Joseph Nicéphore Nièpce quanto o brasileiro Hercule Florence trabalhavam buscando aprimorar os sistemas de impressão quando tiveram a idéia de unir dois fenômenos – a câmera obscura, utilizada por artistas desde o século XVI para facilitar a pintura de corpos e objetos reais e a característica fotossensível dos sais de prata, demonstrada pelo físico alemão Johann Heinrich desde 1727.

         Quem ficou com a fama pela descoberta, entretanto, foi o associado de Nièpce, Jean Jacques Mande Daguerre, que rebatizou a heliografia (nome dado por Nièpce) de daguerreotipia.

         Em 1835, o inglês William Henry Fox Talbot foi o inventor do “desenho fotogênico”, comercializado com o nome de calotipia, que produzia um número ilimitado de cópias sobre papel a partir de um negativo igualmente de papel, enquanto a daguerreotipia gerava uma imagem única sobre uma placa de cobre revestida de prata polida.

         A daguerreotipia apresentava um grande empecilho, que só foi resolvido em 1842, com o aumento da sensibilidade das placas de cobre: o longo tempo de pose necessário para a exposição da placa, no caso de figuras humanas. Na mesma época, objetivas mais luminosas – como a desenvolvida por Joseph Petzval (dezesseis vezes mais luminosa que as utilizadas até então) – permitiram a redução do tempo de pose dos usuais 15 minutos ao sol do meio dia para somente 20 ou 40 segundos.

         A história da fotografia nos traz algumas histórias curiosas que mostram a genialidade e inventividade do espírito humano e fascina quem a estuda. Por exemplo, em 1858, o célebre Nadar (Gaspard-Félix Tournachon), amigo do escrito Júlio Verne, foi pioneiro ao realizar a primeira fotografia subterrânea, nas catacumbas de Paris. Em 1861, foi também o pioneiro na “conquista do espaço”, tendo feito uma fotografia de Paris de 520 metros de altura a bordo de seu balão Le Géant, o maior construído até hoje.
         Outro exemplo interessante vem de John Benjamin Dancer, o primeiro a fotografas um documento através de um microscópio em 1839, tornando-o o pioneiro da microfotografia e microfilmagem.

         Em 1847 foi realizado o primeiro registro perfeito de um relâmpago, pelo americano de Saint Louis Thomas Easterly; em 1851, John Adams Whipple tirou a primeira fotografia da Lua. A primeira fotografia submarina demorou um pouco mais: foi feita em 1893 por Louis Boutan.

         E você tem idéia de como foi que descobrimos o DNA humano? Pois foi após os cientistas James Watson e Francis Crick perceberem, em uma fotografia de raios-X a configuração em forma de hélice do ácido desoxirribonucléico.

         O desenvolvimento técnico que se seguiu, com experimentos como o feito por Eadweard Muybridge por volta de 1870 que culminaram, em 1877,  na fotografia de todas as etapas do galope de um cavalo com a ajuda de doze câmeras, permitiu para comprovar que o animal realmente levanta as 4 patas do solo simultaneamente. Essa seqüência marca o início da cronofotografia, aperfeiçoada pelo francês Etienne-Jules Marey, o criador do fuzil fotográfico em 1882. Agora, já temos um pouco do substrato que segue na história do Cinema.      Naquela época, a maior disputa entre os fabricantes na segunda metade do século XIX passou a ser a redução do formato das câmeras. Das antigas câmeras “grande formato” (como as máquinas lambe-lambe dos parques e praças), evoluiu-se para as câmeras de médio-formato por volta de 1888, quando a Kodak convidava: “aperte o botão, nós faremos o resto”.

Em 1924, surgia a Ermanox, com negativos de vidro de pequeno formato, e a alemã Leica, empregando filme flexível de cinema de 35 milímetros. Com a Ermanox, Erich Salomon pôde captar alguns acontecimentos reservados das reuniões de cúpula de dirigentes europeus e Henri Cartier-Bresson, com sua Leica, pôde criar uma nova escola fotográfica, baseada na habilidade de prever antecipadamente o desdobramento de uma ação e de registrar rapidamente este desdobramento no momento em que todos os elementos constitutivos da imagem estivessem em sua configuração mais expressiva. O nome deste sistema – “instante decisivo” – ainda é um dos aspectos mais importantes da fotografia moderna.

         Foi somente em 1869, com as pesquisas simultâneas de Louis Ducos du Hauron e Charles Cros que conseguiu-se produzir imagens coloridas. Em 1907, surgiu o primeiro processo industrial de produção de fotografias coloridas, chamado de Autochrome Lumiére. Neste sistema, eram usadas féculas de batata tingidas previamente (1/3 de vermelho, 1/3 de azul e 1/3 de verde) e distribuídas sobre a placa de vidro. Em 1935, surgia o Kodachrome, precursor dos modernos filmes coloridos, concebido por Leopold Manner e Leopold Godowsky, em que três emulsões diferentes, uma sensível somente ao azul, outra somente ao verde e a terceira somente ao vermelho superpostas sobre uma mesma base produziam slides de alta qualidade.

         Em 1941 surgia o Kodacolor, introduzindo o processo negativo-positivo na fotografia em cores, permitindo fazer várias cópias coloridas em papel de uma mesma fotografia. Em 1947, surgia o Ektacolor, um filme que podia ser processado pelo próprio fotógrafo, colocando finalmente a fotografia acessível a qualquer pessoa.

         Em 1947 também surgia algo revolucionário para a época: a fotografia instantânea, com a invenção da Polaroid, criada por Edwin Land. Possibilitando a contemplação da fotografia em poucos segundos, inicialmente somente em preto e branco. A Polaroid colorida veio alguns anos depois, em 1963. A impressão era de que nada mais poderia ser criado. Tudo estava feito, tudo inventado. Será?

(para conhecer um pouco da pré-história da fotografia, acesse este link da Wikipedia)

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