Para ser feliz, desista!
Medictando

Para ser feliz, simplesmente desista

Publicado originalmente em 22 de Janeiro de 2010 na Revista DOC

Muitas vezes, a forma mais fácil de solucionar um determinado problema é não participar dele. É desistir. Desistir muitas vezes significa respeitar seus desejos mais íntimos. Significa recusar pressões sociais e tornar-se quem você realmente é. Da próxima vez que surgir um problema, desista:

–    Desista de ser legal;
–    Desista de ser alguém famoso;
–    Desista de querer ser diferente apenas para ser único;
–    Desista de tentar ser perfeito;
–    Desista de manter relações com pessoas das quais você realmente não gosta;
–    Desista de ser o centro das atenções;
–    Desista de tentar ser importante (focar na comunidade é usualmente mais engrandecedor);
–    Desista de buscar uma série de objetivos voltados ao ego;
–    Desista de se preocupar em possuir uma montanha de coisas legais, que distraem você do fato de que você não gosta do que você está fazendo com a sua vida;
–    Desista de tentar ser muito feliz todo o tempo: em vez disso, busque ser mais tranquilo;
–    Desista de ser tudo para todo mundo;
–    Desista de sacrificar sua vida atrás de um grau que lhe dê a ilusão de que você é superimportante;
–    Desista de ser ultraprodutivo, especialmente se a produtividade lhe deixa esgotado;
–    Desista de aperfeiçoar-se constantemente: muitas vezes, aperfeiçoamento exagerado nos faz perder a vista do aqui e do agora;
–    Desista de pensar que você não tem tempo ou habilidade para tornar seus sonhos realidade;
–    Desista de tentar viver conforme a expectativa de seus pais, seus amigos, seu chefe ou seus colegas;
–    Desista de ter um corpo perfeito, um rosto perfeito, ou um guarda-roupas perfeito: preocupe-se mais em embelezar sua mente e ser uma pessoa que faz belas ações.

Tentar fazer as coisas acontecerem a todo tempo cria uma ansiedade desnecessária. É estressante tentar negar aquilo que é. Quando eu desisto, aceito a vida como ela é, sem desejar que as coisas sejam diferentes. Se uma ação é necessária, eu aceito. Eu faço. Mas podemos desistir de deixar nossa felicidade depender de uma coisa ou de alguém. É interessante perceber como parecemos ter tantos problemas e tantos dilemas. A maior parte das vezes, no entanto, a resposta para resolvê-los é não fazer nada. Simplesmente desistir.

Bom… Jogar (e ler) um monte de frases soltas em tom de aconselhamento realmente é algo fácil de fazer. Transformar teoria em prática são outros quinhentos. Nossas crenças ou nossa hierarquia de prioridades pode até estar parcialmente afinada com algumas mudanças que esperamos para nossas vidas, mas daí, para tornarmos realidade aquilo em que acreditamos, seguir uma série de passos se torna necessário.

Gostaria de deixar uma pergunta e um convite ao leitor da DOC: como você faz para transformar ideia em ação? Como transladar teoria em prática? Se você tem uma boa resposta a estas perguntas, envie-a para o e-mail <medictando@revistadoc.com.br> e na próxima coluna faremos uma síntese do pensamento dos leitores, enriquecendo nosso diálogo. Até lá.

*Rafael Reinehr é endocrinologista. Idealizador e fundador da Colmeia – Ideias em Cooperação, uma incubadora de ideias e ações altruístas

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