José Saramago, será um mago?
Fui introduzido de forma reativamente tardia à obra deste escritor português, vencedor do Prêmio Nobel de literatura de 1998.
Quando comecei minha empreitada, não foi por sua obra mais conhecida: O Evangelho Segundo Jesus Cristo (1991), mas sim por Ensaio Sobre a Cegueira (1995)e Ensaio Sobre a Lucidez (2004).
Nestes ótimos romances, que poderia eu classificar como realidade fantástica, temos passagens belíssimas salpicadas com reflexões, humor, arte e política. Veja dois exemplos abaixo:
“Nascemos, e nesse momento é como se tivéssemos firmado um pacto para toda a vida; mas o dia pode chegar em que nos perguntemos: Quem assinou isto por mim?”
“…depois voltou à sala, onde a candeia estava, ia ser útil pela primeira vez desde que a fabricaram, ao princípio não parecia ser este o seu destino, mas nenhum de nós, candeias, cães ou humanos sabe, ao princípio, tudo para que tinha vindo ao mundo.”
Recomendo.
PS: alguém que leu tem algo a comentar?