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Domingo, 14 de março de 2004
Despertar Quando as cores somem Desaparecem como se nunca houvessem existido Quando as luzes brilham Mas não servem mais ao seu propósito O vazio preenche todos espaços Toma conta de tudo que resta De tudo que sobrou, dos escombros Agora em tons de cinza, escuro Já não se ouvem passos, nem vozes Somente um grito, surdo, ensurdecedor Que me faz fechar os olhos E ver coisas até então sem sentido A distância agora consigo medir Ela existe, e assusta Tenho medo de não mais voltar De não escolher o caminho certo Sinto cheiro de café E sinto necessidade de acordar Deste sonho, que é uma vida E viver, esta vida…
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21/02/2003 – #011 – Editorial
– Não vejo perspectivas para o fim. – Mas o fim não é uma perspectiva. – Mas a perspectiva é a de um caminho para o fim. E eu não vejo esse caminho. Nem mesmo sei se ele existe. – Mas você vê um caminho? – Sim, vejo. – Então é o que basta!