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Pequeno guia para o futuro médico, por Rafael Reinehr
Hoje estou completando 40 anos de idade. Como gosto de dizer, estou chegando ao final do primeiro quarto da minha vida. Vamos aos 120 faltantes! Nos últimos anos, questionei meu próprio lugar na profissão que escolhi, lá nos meus 16 ou 17 anos: a Medicina. Muito deste questionamento adveio da desilusão em relação à indústria da Medicina: a mecanização e desumanização do atendimento, o farmacocentrismo do tratamento, diagnósticos cada vez mais superficiais em função de uma atenção cada vez menor ao que os sinais e sintomas do paciente tem a nos dizer, a falta de desejo verdadeiro dos próprios pacientes em buscar a melhora de suas condições (ou pelo menos a motivação insuficiente…