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Pequeno guia para o futuro médico, por Rafael Reinehr
Hoje estou completando 40 anos de idade. Como gosto de dizer, estou chegando ao final do primeiro quarto da minha vida. Vamos aos 120 faltantes! Nos últimos anos, questionei meu próprio lugar na profissão que escolhi, lá nos meus 16 ou 17 anos: a Medicina. Muito deste questionamento adveio da desilusão em relação à indústria da Medicina: a mecanização e desumanização do atendimento, o farmacocentrismo do tratamento, diagnósticos cada vez mais superficiais em função de uma atenção cada vez menor ao que os sinais e sintomas do paciente tem a nos dizer, a falta de desejo verdadeiro dos próprios pacientes em buscar a melhora de suas condições (ou pelo menos a motivação insuficiente…
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Neste momento, sinto a gratidão oriunda de um a-ha! inundar minha vida!
Acabei de descobrir algo que vai mudar tudo. Para sempre. E já começou…
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Hoje sou grato! #sougratohoje
Existem dias em que a gratidão nos inunda. Em outros nos entorpece. Tem ainda aqueles dias em que somos ingratos. Noutros, esquecemos dela. Mas ela sempre nos busca, lá do cantão da desesperança e nos traz de volta para o mundo cheiroso e iluminado dela. Na semana que passou senti-me profundamente grato por vários acontecimentos muito intensos que ocorreram. Vou destacar três deles. O primeiro, a bem da verdade, começa com a gratidão de outra pessoa para comigo. Uma paciente, cujo nome vou preservar, ao final da consulta, resolve abrir seu coração e me conta o quão profundamente grata ela se sente em relação ao tratamento que lhe ofereci. Segundo…