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As balas de goma do Ulisses Adirt
Costumo receber aquelas caixas amarelas do SEDEX com alguma freqüência (com trema, pois a reforma ortográfica ainda não “pegou”). Ontem recebi uma caixinha pequena com material de divulgação da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia sobre obesidade. Hoje recebi outra, e desta vez não estava esperando. Não tinha feito nenhuma compra (na verdade tinha, mas não havia tempo hábil para meus DVD-R chegarem, já que a confirmação do depósito só foi feita nesta manhã). Fui olhar o remetente: Hummm… Ulisses Adirt? O que será que o dono de um dos melhores blogs da rede do OPS! quer comigo? Será que estaria ele a me encaminhar um de seus livros para…
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Nada existe
Yamaoka Tesshu, quando um jovem estudante Zen, visitou um mestre após outro. Ele então foi até Dokuon de Shokoku. Desejando mostrar o quanto já sabia, ele disse, vaidoso: “A mente, Buddha, e os seres sencientes, além de tudo, não existem. A verdadeira natureza dos fenômenos é vazia. Não há realização, nenhuma delusão, nenhum sábio, nenhuma mediocridade. Não há o Dar e tampouco nada a receber!” Dokuon, que estava fumando pacientemente, nada disse. Subitamente ele acertou Yamaoka na cabeça com seu longo cachimbo de bambu. Isto fez o jovem ficar muito irritado, gritando xingamentos. “Se nada existe,” perguntou, calmo, Dokuon, “de onde veio toda esta sua raiva?”
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A Morte é Azul
Hoje vi a morte de frente, e ela é azul. Costuma-se dizer no ocidente que, ao morrer, visualiza-se um túnel de luz branca, muito branca, ao final do qual encontraremos as pessoas queridas que nos deixaram antes e que esta seria a “entrada do céu”. Para aqueles que não se “comportaram direito”, um futuro menos brando parece ser a tônica. Conforme o filme “Ghost – Além da Vida”, a morte do malvado é cercada de trevas e espíritos maléficos que envolvem o corpo do dito cujo e o levam para as profundezas do inferno. Tudo isso é baboseira. A Morte mesmo, a verdadeira, é azul. Pela manhã, depois…