Nota pública de pesquisadores da Universidade de São Paulo sobre a crise da USP
Nós, pesquisadores da Universidade de São Paulo auto-organizados,
viemos, por meio desta nota, divulgar o nosso posicionamento frente à recente crise da USP. No dia 08 de novembro de 2011, vários grupamentos da polícia militar realizaram uma incursão violenta na Universidade de São Paulo, atendendo ao pedido de reintegração de posse requisitado pela reitoria e deferido pela Justiça. Durante essa ação, a moradia estudantil (CRUSP) foi sitiada com o uso de gás lacrimogêneo e um enorme aparato policial. Paralelamente, as tropas da polícia levaram a cabo a desocupação do prédio da reitoria, impedindo que a imprensa acompanhasse os momentos decisivos da operação. Por fim, 73 estudantes foram presos, colocados nos ônibus da polícia, e encaminhados para o 91º DP, onde permaneceram retidos nos veículos, em condições precárias, por várias horas. Ao contrário do que tem sido propagandeado pela grande mídia, a crise da USP, que culminou com essa brutal ocupação militar, não tem relação direta com a defesa ou proibição do uso de drogas no campus. Na verdade, o que está em jogo é a incapacidade das autoritárias estruturas de poder da universidade de admitir conflitos e permitir a efetiva participação da comunidade acadêmica nas decisões fundamentais da instituição. Essas estruturas revelam a permanência na USP de dispositivos de poder forjados pela ditadura militar, entre os quais: a inexistência de eleições representativas para Reitor, a ingerência do Governo estadual nesse processo de escolha e a não-revogação do anacrônico regimento disciplinar de 1972. Valendo-se desta estrutura, o atual reitor, não por acaso laureado pela ditadura militar, João Grandino Rodas, nos diversos cargos que ocupou, tem adotado medidas violentas: processos administrativos contra estudantes e funcionários, revistas policiais infundadas e recorrentes nos corredores das unidades e centros acadêmicos, vigilância sobre participantes de manifestações e intimidação generalizada. Este problema não é um privilégio da USP. Tirando proveito do sentimento geral de insegurança, cuidadosamente manipulado, o Governo do Estado cerceia direitos civis fundamentais de toda sociedade. Para tanto, vale-se da polícia militar, ela própria uma instituição incompatível com o Estado Democrático de Direito, como instrumento de repressão a movimentos sociais, aos moradores da periferia, às ocupações de moradias, aos trabalhadores informais, entre outros.
Por tudo isso, nós, pesquisadores da Universidade de São Paulo, alunos de pós-graduação, mestres e doutores, repudiamos o fato de que a polícia militar ocupe, ou melhor, invada os espaços da política, na Universidade e na sociedade como um todo.
Fábio Luis Ferreira Nóbrega Franco – Mestrando da Filosofia-USP Henrique Pereira Monteiro – Doutorando em Filosofia-USP Patrícia Magalhães – Doutoranda em Física – USP Silvia Viana Rodrigues – Doutora em Sociologia-USP Bianca Barbosa Chizzolini – Mestranda em Antropologia-USP José Paulo Guedes Pinto – Doutor em Economia – USP Daniel Santos Garroux – Mestrando Pós-graduação em Teoria Literária – USP Andrea Kanikadan – doutoradando da ESALQ-USP Nicolau Bruno de Almeida Leonel – Doutorando em Cinema-USP Paula Yuri Sugishita Kanikadan – Doutora em Saúde Pública – FSP/USP Luciana Piazzon Barbosa Lima – mestranda em Estudos Culturais – EACH-USP. Gustavo Seferian Scheffer Machado – Mestrando em Direito do Trabalho – USP Maria Tereza Vieira Parente – Mestranda em Arqueologia – USP Marcelo Hashimoto, doutorando em Ciência da Computação-USP. Luiz Ricardo Araujo Florence – Mestrando em Arquitetura e Urbanismo – USP Jade Percassi – Doutoranda em Educação – USP Maria Caramez Carlotto – Doutoranda em Sociologia-USP Georgia Christ Sarris – Doutoranda Filosofia-USP José Carlos Callegari – Mestrando em Direito do Trabalho – USP Gilberto Tedeia – Doutor em Filosofia-USP Anderson Gonçalves– Doutor em Filosofia-USP Douglas Anfra – Mestrando em Filosofia – USP Fábio H. Passoni Martins – Mestrando – Depto de Teoria Literária e Literatura Comparada Eduardo Altheman Camargo Santos – Mestrando em Sociologia-USP Fernanda Elias Zaccarelli Salgueiro – Graduanda Filosofia-USP Guilherme Grandi – Doutor em História Econômica – USP Yardena do Baixo Sheery – PPG Artes Visuais – ECA-USP Lucia Del Picchia, doutoranda em Direito-USP Fernando Rugitsky, mestre em Direito-USP Ricardo Leite Ribeiro, mestrando em Direito-USP Maira Rodrigues – doutoranda em Ciência Política – USP. Ana Lúcia Ferraz – Doutora em Sociologia – USP. Daniela Silva Canella, doutoranda em Nutrição em Saúde Pública – USP Tatiana de Amorim Maranhão – Doutora em Sociologia-USP Ana Paula SAlviatti Bonuccelli – Mestranda em História – USP Anderson Aparecido Lima da Silva – Mestrando em Filosofia – USP José Calixto Kahil Cohn – Mestrando em Filosofia – USP Antonio Fernando Longo Vidal Filho – Mestrando em Filosofia –USP Bruna Della Torre de Carvalho Lima – Mestranda em Antropologia – USP Ana Paula Alves de Lavos – Mestre em Arquitetura e Urbanismo – EESC – USP Lucas Amaral de Oliveira – Programa de Pós Graduação em Sociologia – USP Bruna Nunes da Costa Triana – Programa de Pós-Graduação em Antropologia – USP José César de Magalhães Jr. – Doutorando em Sociologia – USP Eduardo Orsilini Fernandes – Mestrando em Filosofia -USP Ricardo Crissiuma – mestre em Filosofia USP Philippe Freitas – Mestrando em Música – UNESP Weslei Estradiote Rodrigues – Mestrando em Antropologia – USP Bruno de Carvalho Rodrigues de Freitas – Graduando em Filosofia – USP Camila Gui Rosatti – Graduando em Ciências Sociais – USP Martha GAbrielly Coletto Costa – mestranda em Filosofia – USP Rafael Gargano – Mestrando em Filosofia – USP Antonio David – Mestrando em Filosofia – USP Pedro Alonso Amaral Falcão – Mestrando em Filosofia – USP Lígia Nice Luchesi Jorge, PPG em Língua Hebraica, Literatura e Culturas Judaicas – USP Camila Rocha – Mestranda em Ciência Política – USP André Kaysel – Doutorando em Ciência Política – USP Michele Escoura – Mestranda em Antropologia -USP Vladimir Puzone -Doutorando em Sociologia-USP Arthur Vergueiro Vonk – Mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada – USP Renata Cabral Bernabé – Mestranda em História Social – USP Raquel Correa Simões – Graduanda em Filosofia – USP Danilo Buscatto Medeiros – Mestrando em Ciência Política-USP Ana Flávia Pulsini Louzada Bádue – Mestranda em Antropologia-USP Carlos Henrique Pissardo. Mestre – Dep. de Filosofia da USP e Diplomata. Anouch Kurkdjian – Mestranda em Sociologia-USP Léa Tosold – Doutoranda em Ciência Política-USP Pedro Fragelli – Doutor em Literatura Brasileira-USP Christy Ganzert Pato – Doutor em Filosofia – USP José Agnello Alves Dias de Andrade – Mestrando em Antropologia – USP Nicolau Dela Bandera – doutorando em Antropologia USP Felipe de Araujo Contier – Mestrando em Arquitetura-IAU-SC-USP Mauro Dela Bandera Arco Júnior – mestrando em Filosofia USP Ane Talita da Silva Rocha – mestranda em Antropologia – USP Juliana Andrade Oliveira – Doutoranda em Sociologia Reinaldo César – Doutorando em Ciência dos Materiais – USP Manoel Galdino Pereira Neto – doutor em ciência política da USP Carlos Filadelfo de Aquino, doutorando em Antropologia USP. Jonas Marcondes Sarubi de Medeiros – mestrando em Filosofia-USP Ana Letícia de Fiori – Mestranda em Antropologia – USP Gonzalo Adrián Rojas – Doutor Ciência Política USP Mariana Toledo Ferreira – Mestranda em Sociologia – USP Julia Ruiz Di Giovanni – Doutoranda em Antropologia Social Caio Vasconcellos – doutorando em sociologia – USP Reginaldo Parcianello – doutorando/Literatura Portuguesa – USP Fernando Sarti Ferreira – mestrando em História Econômica – USP Júlia Vilaça Goyatá – mestranda em Antropologia– USP Maria Aparecida Abreu – doutora em Ciência Política – USP Bruno Nadai – Doutorando em Filosofia – USP João Alexandre Peschanski – Mestre em Ciência Política – USP Lucas Monteiro de Oliveira – Mestrando em história social – USP Fabrício Henricco Chagas Bastos – Mestrando em Integração da América Latina – USP Rafaela Pannain – Doutoranda em Sociologia- USP Bernardo Fonseca Machado – mestrando em Antropologia – USP Victor Santos Vigneron de La Jousselandière – mestrando em História – USP Gabriela Siqueira Bitencourt – mestre em Letras – USP Dalila Vasconcellos de Carvalho , Mestre em Antropologia Social-USP. César Takemoto Quitário – mestrando em Letras – USP Maíra Carmo Marques – mestranda em Letras – USP Ana Carolina Chasin – doutoranda em sociologia-USP Dimitri Pinheiro – doutorando em sociologia-USP Natália Fujita – doutoranda em Filosofia – USP Julio Miranda Canhada – doutorando em Filosofia – USP Caio M. Ribeiro Favaretto Mestrando Dpto de Filosofia – USP Juliana Ortegosa Aggio – doutoranda em Filosofia – USP Bruna Coelho – mestranda em Filosofia – USP Ana Carolina Andrada – mestranda em Sociologia – USP Karen Nunes – mestranda em sociologia – USP Monise Fernandes Picanço – Mestranda em Sociologia – USP Arthur Oliveira Bueno – Doutorando em Sociologia – USP Guilherme Nascimento Nafalski – mestre em Sociologia – USP Tatiane Maíra Klein, Mestranda em Antropologia Social/USP Ana Paula Bianconcini Anjos – doutoranda em Letras – USP José Paulo Martins Junior – Doutor em ciência política – USP Demétrio Gaspari Cirne de Toledo – Doutorando Sociologia – USP. Pedro Fragelli – Doutor em Literatura Brasileira-USP Evandro de Carvalho Lobão – Doutor em Educação – FE/USP Walter Hupsel – Mestre em Ciência Política – USP Carina Maria Guimarães Moreira e sou doutoranda em Artes Cênicas na UNIRIO. Marinê de Souza Pereira – Doutora em Filosofia-USP Fabiola Fanti – Mestre em Ciência Política – USP Verena Hitner – mestre em Integracao da America Latina – USP Fabio Cesar Alves – Doutorando- Teoria Literária- FFLCH- USP Frederico Hnriques – Mestre em Sociologia pela USP Fábio Pimentel De Maria da Silva – Mestre em Sociologia – USP Natália Bouças do Lago – mestranda em Antropologia USP Fábio Silva Tsunoda – mestrado em sociologia – USP Terra Friedrich Budini, doutoranda em ciência política – USP Natália Helou Fazzioni – Mestranda em Antropologia Social – USP Renato Bastos – Mestre em História Econômica – USP Andreza Tonasso Galli – Mestranda da Sociologia -USP Andreza Davidian – mestranda em Ciência Política – USP Dioclézio Domingos Faustino – Mestrando – Filosofia – USP Fernando Costa Mattos – Doutor em Filosofia – USP Joaquim Toledo Jr – Mestre em Filosofia pela USP. Erinson Cardoso Otenio – doutorando em filosofia – USP Berilo Luigi Deiró Nosella, sou doutorando em Artes Cênicas na UNIRIO Rafael Alves Silva – Doutorando em Sciências Sociais – UNICAMP Ludmylla Mendes Lima – Doutoranda em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa – USP Tânia Cristina Souza Borges – Mestranda em Letras – USP Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política – USP. Eveline Campos Hauck – Mestranda em filosofia pela USP Mariana Zanata Thibes – Doutoranda Sociologia – USP Nahema Nascimento Barra de Oliveira Mestre em Ciencias Humanas – USP Manoel Galdino Pereira Neto – Doutor em Ciência Política-USP Gonzalo Adrián Rojas – Doutor em Ciencia Politica-USP Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política-USP Maria Aparecida Abreu – Doutora em Ciência Política-USP Pedro Feliú – Doutorando em Ciência Política – USP Fernando Gonçalves Marques – Doutorando em Ciência Política-USP Petronio De Tilio Neto – Doutor em Ciência Política-USP José Paulo Martins Junior – Doutor em Ciência Política-USP Renato Francisquini – Doutorando em Ciência Política-USP Júlio César Casarin Barroso Silva – Doutor em Ciência Política-USP Francisco Toledo Barros – Mestrando em Arquitetura e Urbanismo Marcia Dias da Silva – Mestre em História Social – USP Maira Rodrigues – doutoranda em Ciência Política – USP. Ivana Pansera de Oliveira Muscalu – Mestranda História Social – USP Renata Lopes Costa Prado – Doutoranda do Programa de Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano – USP Emi Koide – Doutora em Psicologia – USP
Mario Tommaso Pugliese Filho – Mestre em Literatura Brasileira – USP.
Gabriela Viacava de Moraes – Mestranda em Literatura Brasileira – USP
Tatiane Reghini Matos – Mestranda em Letras – USP
Andréia dos Santos Meneses – Doutoranda em Letras – USP Kátia Yamamoto – Mestranda em Psicologia USP Lygia de Sousa Viégas – Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano da USP. Daniel Gomes da Fonseca – Mestrando em Teoria Literária e Literatura Comparada – USP Michelangelo Marques Torres – mestrando na Unicamp e graduado pela USP
Luana flor Tavares Hamilton – mestrança em psicologia – USP Renan Honório Quinalha – mestrando em Sociologia Jurídica na USP Adriana De Simone – Doutora em Psicologia – IP/USP Grazielle Tagliamento – doutorado PST – USP Tamara Prior- mestranda em História Social – USP Airton Paschoa –Mestre em Literatura Brasileira – USP Daniela Sequeira – mestra em Ciência Política – USP Thaís Brianezi Ng – doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental – USP Davi Mamblona Marques Romão – mestrando – PSA – Psicologia Rafael Godoi – Doutorando em Sociologia -USP Vanda Souto – Mestranda em Ciências Sociais – UNESP – Marília Pedro Rodrigo Peñuela Sanches – Mestrando em Psicologia USP Grazielle Tagliamento – Doutoranda Psicologia – USP Monica Loyola Stival – Doutoranda em filosofia – USP Tatiana Benevides Magalhães Braga Doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano pela USP Regina Magalhães de Souza, doutora em Sociologia – USP Ludmila Costhek Abilio – Mestre em sociologia – USP Gabriela Viacava de Moraes – Mestranda em Literatura Brasileira – USP
Tatiane Reghini Matos – Mestranda em Letras – USP
Andréia dos Santos Meneses – Doutoranda em Letras – USP Edson Teles – doutor em Filosofia – USP Julia Maia Peixoto Camargo – Graduanda em Ciências Sociais-USP Rodnei Nascimento – Doutor em filosofia – USP. Rafael Luis dos Santos Dall’olio – Mestrando em História Social – USP Ana Aguiar Cotrim – Doutoranda em Filosofia – USP Tercio Redondo – Doutor em Literatura Alemã – USP Maria Cláudia Badan Ribeiro Doutora em História Social – USP Pedro Mantovani- Mestrando em Filosofia- USP Stefan Klein – Doutorando em Sociologia – USP Wagner de Melo Romão, doutor em Sociologia –USP Maria de Fátima Silva do Carmo Previdelli – Doutoranda em História Econômica – USP Felipe Pereira Loureiro – doutorando em História Econômica – USP Thiago de Faria e Silva – Mestre em História Social – USP Marcus Baccega – Doutor em História Medieval – USP Luciana Moreira Pudenzi – Mestre em Filosofia – USP Daniela Jakubaszko – Doutora em Ciências da Comunicação pela ECA-USP Leo Vinicius Maia Liberato, ex-pos-doutorando no Departamento de Filosofia da USP Maria Lívia Nobre Goes – Graduanda em Filosofia-USP Agnaldo dos Santos – Doutor em Sociologia – USP Annie Dymetman doutora em Ciências Sociais – USP Evandro NoroFernandes – Mestre em Geografia- USP Wilma Antunes Maciel – Doutora em História Social – USP Luciano Pereira – Doutor em filosofia – USP Guilherme Varella, mestrando em Direito de Estado Constância Lira de Barros Correia Rodrigues Costa – Mestranda em Ciência Política – USP Ester Gammardella Rizzi – Mestre em Filosofia e Teoria Geral do Direito – USP Cristiana Gonzalez – mestranda em sociologia – USP Rafaela Aparecida Emetério Ferreira Barbosa – Mestranda em Direito do Trabalho – USP
Franco Nadal Junqueira Villela – Mestre em Ciência Ambiental – USP Clara Carniceiro de Castro, doutoranda em Filosofia-USP Marcelo Netto Rodrigues – mestrando em Sociologia – USP Elisa Klüger – mestranda em sociologia – USP Marilia Solfa – Mestre em Arquitetura – USP
Pedro Feliú – Doutorando em Ciência Política – USP. Renato Francisquini, doutorando em Ciência Política – USP Júlio César Casarin Barroso Silva – doutor em Ciência Política – USP Andreza Davidian – mestranda em Ciência Política – USP Andrea Kanikadan – doutorando em Ecologia Aplicada na ESALQ em Piracicaba. Miguel Barrientos – Doutorando em Ciência Política – USP Diogo Frizzo – Mestrando em Ciência Política – USP Vinicius do Valle – Mestrando em Ciência Política – USP Carolina de Camargo Abreu – Doutoranda em Antropologia – USP
Tatiana Rotolo- Mestre em Filosofia pela USP Pedro Ivan Moreira de Sampaio – Graduando em Direito PUC-SP e Filosofia – USP Thaís Brianezi Ng, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental – USP André-Kees de Moraes Schouten – Doutorando em Antropologia Social – USP Alvaro Pereira – Mestre em Direito – USP Vinícius Spira – mestrando em Ciências Sociais – USP Rafael Faleiros de Pádua, doutorando em Geografia-USP André Luis Scantimburgo – Mestrando em Ciências Sociais pela UNESP de Marília/SP. Rosemberg Ferracini – Doutorando em Geografia Humana – Universidade de São Paulo – USP Lucas Brandão – Mestrando em Sociologia-USP Márcia Cunha – doutoranda em Sociologia – USP Nilton Ken Ota – doutor em Sociologia – USP Felipe Figueiredo – Bacharel em Letras – USP Bruno Boti Bernardi – Doutorando em Ciência Política – USP Roberta Soromenho Nicolete – Mestranda em Ciência Política – USP Lara Mesquita – Mestre em Ciência Política – USP Milene Ribas da Costa – Mestre em Ciência Política – USP Katya dos Santos Schmitt Parcianello – mestranda em História Econômica/ USP Alcimar Silva de Queiroz – Doutor em Educação – USP Paulo Vinicius Bio Toledo – mestrado Artes Cênicas Ruy Ludovice – mestrando em Filosofia – USP Pollyana Ferreira Rosa – Mestranda em Artes Visuais – USP Patrícia de Almeida Kruger – Mestranda em Letras – USP Giselle Cristina Gonçalves Migliari – Mestranda em Literatura Espanhola – USP Wellington Migliari – Mestre em Literatura Brasileira – USP Diana P. Gómez – Mestranda Antropologia Social Simone Dantas – Mestranda em Letras-USP Eduardo Zayat Chammas, mestrando em História Social – USP Maristela de Souza Pereira – Doutoranda em psicologia – USP Virginia Helena Ferreira da Costa – Mestranda em filosofia – USP Gustavo Motta – mestrado Artes Visuais – USP Paula Maciel Barbosa – doutoranda em Literatura Brasileira – USP Francisco Prata Gaspar – doutorando em Filosofia – USP Gustavo Goulart Moreira Moura -Doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciência Ambiental – USP Luiz Fernando Villares, doutorando Faculdade de Direito – USP
8 Comentários
Rafael Reinehr
Oi TM. Obrigado por despir claramente a máscara e deixar cair um caçador de comunistas. Talvez meu castigo seja pior, já que meu pensamento vai um pouco mais à esquerda, ainda.
Mas ainda assim, tento pensar que chegaremos em um mundo – utópico, dizem alguns, mas é o que nos faz caminhar, diz Galeano – em que não precisaremos de “lados”. Gosto de me apoiar em ombros de gigantes, e vou deixar para meus leitores – e, TM, agradeço especialmente a ti por teres me lido e deixado tua sincera opinião aqui – algumas citações que selecionei para o Varal Literário que realizamos no último sábado, aqui em Araranguá. Como tenho muito apreço por elas, vou pedir licença para deixá-las em um outro post.
Segue o link: http://reinehr.org/literatura/quarto-sobrescrito/algumas-citacoes-para-o-varal-literario-de-12-11-2011
Clarice Villac
Pessoas que se manifestam sem colocar seus nomes…
Por que será ?
TM
Grande Sabio Rafael Reinehr:
Aceito a critica de arrogante.
Mas e o douto senhor tambem nao o e’?
Se o douto senhor e’ tao cheio de razao, como se julga, entao nos mostre tudo de bom que esses signatarios vao introduzir de bom a nossa sociedade.
Vamos transformar o Brasil em Cuba…
Viva viva.
Vou ter a curiosidade de imprimir a lista com o nome dos signatarios.
Dentro de uns 10 anos devemos ver alguns desses nomes como candidatos a algum cargo e veremos depois o que farao, quando eleitos.
Se o douto doutor julga entao que a “puliça” invadiu com truculencia e autoritarismo, desculpe-me então.
Não sou um nobre médico e não sei como é truculencia.
Sou um reles engenheiro. Arrogante. Burro. Submisso.
Do tipo que voces, o 1%, querem dominar.
O douto doutor quer números exatos.
Entao teriamos que procurar estatisticas oficiais e perder um grande tempo coletando e analisando os dados.
Quando falamos esses numeros, foi uma citacao retorica. Sabe o que significa?
Que nao falei numeros baseado (ops, a PM vai me bater por que usei “baseado” na frase) em dados reais, mas exemplificando o que vemos e sentimos.
Oras, arrogancia por arrogancia, qual foi a maior?
Continue apoiando a invasao e o quebra-quebra. Se invadissem seu douto consultorio, quebrassem e pixassem, o douto colega acharia que e’ liberdade de expressao?
Gracas a Deus (vermelhos acreditam em Deus? Sempre ouvimos falar que nao, ne?) tenho muitos conhecidos, amigos de faculdade, amigos de mestrado, muitos atualmente pesquisadores e professores, não assinaram e não assinariam estes manifestos simplesmente por nao concordarem e, todos, inclusive um Professor de Latim, que estudou nas Letras da Unicamp e fez inumeras disciplinas com Filosofia e Ciencias Humanas, nao conhecem ninguem que leve a serio uma situacao riducula dessas.
Ah, desculpe-me. Nao e’ riducula. E’ tudo falso. Foi a Globo, o Estadao, a Folha, o UOL, as Radios etc que inventaram tudo.
Os corpos estracalhados dos inocentes estudantes foram excluidos das imagens, sadicamente editadas pelos Governos a fim de que a verdade nao viesse a tona.
Boa sorte.
Daqui a 10 anos veremos quantos serao eleitos. Hmmm, se bem que se tomarem o poder, do jeito que querem (os 1 ou 2%), quem sabe nao teremos mais eleicoes.
Democracia para que? A minoria la sabe o que e’ melhor. Entao nao precisamos votar. Melhor mesmo ne?
Pelo menos poderemos falar “nao fui eu quem votou nele mesmo!”.
A democracia pode não ser a forma mais rapida de atingirmos nossos objetivos, mas é a mais segura (“A democracia não corre, mas chega segura ao objetivo – Goethe”).
Mas deixemos entao os grandes intelectuais signatarios do manifesto nos dominarem.
Boa sorte.
Rafael Reinehr
Quando alguém arrogantemente julga saber o que os outros compreendem ou não, sem sequer conhecer as pessoas; quando alguém usa estatísticas “de boca”, não fundamentadas (90%? 99%?); talvez não valesse a pena responder.
Em respeito, entretanto, ao leitor incauto, fica a seguinte observação:
99% que não se manifestam serão sempre guiados pelos 1% que se manifestam. Para mudar esta realidade, é necessário que uma pequena parcela desta maioria (quem sabe 2% dos 99%) que está obedecendo aos desígnios da minoria barulhenta se levante, se organize e comece a tirar de dentro da própria cabeça e comece a manifestar publicamente seu desejo e suas necessidades.
TM
Incrivelmente inacreditável uma nota publica com teor tão futil.
Provavelmente 90% dos signatarios desta nota “pubica” nem leu e muito menos entende o seu conteudo.
A grande maioria SIM so quer a policia fora do campus.
Estudei, e com muito orgulho, na co-irma UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas.
Ha epoca, viamos a mesma coisa sempre oriunda dos mesmos grupos. La chama-se IFICH – Instituto de Filosofia e Ciencias Humanas. Tais alunos, MINORIA ABSOLUTA SEMPRE (vale destacar) querendo tomar as decisoes por todos. E, sim, ha epoca, a briga para manter o policiamento fora do campus era EXCLUSIVAMENTE para consumo de drogas (principalmente a maconha).
E, com isso, prejudicavam os outros 99% da comunidade academica.
Isto e’ o que os senhores chamam de DEMOCRACIA? Forma esta que se destaca fundamentalmente pela participacao de todos nas decisoes via VOTO.
Oras, se a maioria se sente segura com a presença da policia no campus, por que diabos a minoria faz tanto estardalhaço e apresenta tais ridiculos manifestos (voces, que se dizem “defensores das minorias”, nunca passaram por uma “truculencia” da policia; nao sabem como e’ de verdade a policia entrando para “valer”; veem de familias ricas — embora apregoem contra a “burguesia” — possuem carros e mesadas; nao moraram em favelas — ops, temos que chamar de comunidade hoje em dia para nao ser politicamente incorretos — e nao viram a policia usar de forca; e nao queiram).
Entao, “cazzo” (palavrao em outra lingua pode usar?), vao estudar, produzir e conversar com as familias dos estudantes mortos, assaltados, feridos, estupradas etc, casos que ocorriam com enorme frequencia antes do convenio com a PM. Convencam estas familias e estas vitimas de que os seus entes foram feridos, mortos, violentados e violados para que a minoria possa fumar seu “baseado” em paz.
E descanse em paz, democracia, ja que esta’ para ser morta (pelo menos e’ o que deseja esta minoria que assinou este ridiculo manifesto).
Rafael Reinehr
Clarice e Alexandra, o que estamos presenciando é a decadência ininterrupta de uma estrutura doente, agonizante representada pelo Capital e seus defensores históricos. Enquanto caminham rumo à morte, convulsionam e tentam em vão manter-se de pé…
Clarice Villac
Super oportuna esta publicação !
Pena que, sempre, seja preciso que se desvendem as estruturas da dominação e manipulação autoritárias !
Tantos ressentimentos rançosos e equivocados aparecem ávidos para condenar a liberdade simples das pessoas !
Lucidez e justiça, respeito e dignidade, é disso que nossa sociedade precisa !
Alexandra Porcellis
😡 it’s all.
Nosso cotidiano está tão carente de valores que é melhor não comentar, mas gostaria de dizer como me sintol.